Brasil encara 'amaldiçoado' México por 7ª classificação seguida às quartas

Nos últimos anos, a 'Tri' se tornou uma pedra no sapato da seleção pentacampeã mundial, com triunfos em três finais: na Copa América de 1999, na Copa Ouro de 2003 e nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012

1 JUL 2018 • POR • 19h27
A expectativa em relação à equipe do técnico Tite para este jogo é a atuação de Neymar - EFE/EPA/ZURAB KURTSIKIDZE

*Com informações da EFE

Sem saber o que é ficar fora das quartas de final da Copa desde a edição de 1990, a seleção brasileira buscará mais uma vez a vaga entre os oito melhores nesta segunda-feira, na Cosmos Arena, e terá como adversário o México, que morreu nas oitavas nos últimos seis Mundiais.

A Copa da Itália, há 28 anos, teve uma queda do Brasil logo na segunda fase, em clássico contra a Argentina, e foi a última sem a participação dos mexicanos. Desde então, a equipe sul-americana obteve dois títulos, foi vice-campeã uma vez, quarta colocada em outra e ainda acumulou duas quedas nas quartas, enquanto representante da Concacaf vive a chamada "maldição das oitavas", fase em que foi eliminada em todas essas seis vezes.

Nos últimos anos, a 'Tri' se tornou uma pedra no sapato da seleção pentacampeã mundial, com triunfos em três finais: na Copa América de 1999, na Copa Ouro de 2003 e nos Jogos Olímpicos de Londres, em 2012, adiando em quatro anos o sonho do ouro inédito, obtido apenas no Rio 2016.

Da conquista na capital londrina, sete jogadores estão no elenco dirigido por Juan Carlos Osorio, com destaque para o volante Héctor Herrera, único titular atualmente, e o atacante Oribe Peralta, autor dos dois gols da decisão de seis anos atrás. Já o Brasil conta com o zagueiro Thiago Silva, os laterais Danilo e Marcelo e o atacante Neymar entre os medalhistas de prata.

O México também levou a melhor na Copa América em 2001 e 2007 e na Copa das Confederações de 2005, mas nessas duas últimas os brasileiros não têm motivos para lamentar, já que ficou com o título.

Por outro lado, em Copas do Mundo o domínio é verde e amarelo. O Brasil enfrentou a equipe da América do Norte quatro vezes, todas em fases de grupos, somou três vitórias (1950, 1954 e 1962) e um empate (2014) e não sofreu um gol sequer.

Mundo afora, a expectativa em relação à equipe do técnico Tite para este jogo é a atuação de Neymar, que tem no Mundial a chance de enfim chegar ao trono de melhor do mundo após as eliminações de Lionel Messi e Cristiano Ronaldo neste sábado.

Entretanto, até agora, o camisa 10 da seleção ainda não encantou. Os destaques dos pentacampeões até agora foram a defesa, apesar do gol de escanteio sofrido na estreia, no empate com a Suíça em 1 a 1, e o meia Philippe Coutinho, que já marcou duas vezes e deu uma assistência.

Tite recebeu a boa notícia da liberação do lateral-direito Danilo, recuperado de uma lesão no quadril. Já o lateral-esquerdo Marcelo, que sentiu espasmo na coluna contra a Sérvia, na última quarta, ainda é dúvida, enquanto o meia Douglas Costa continua fora devido a uma lesão no músculo posterior da coxa direita.

O treinador ainda não confirmou, mas a tendência é repetir a escalação da vitória sobre os sérvios por 2 a 0, que garantiu o Brasil nas oitavas.

Na tentativa de quebrar o jejum e avançar às quartas, fase a que chegou apenas duas vezesm em 1970 e 1986, ambas como anfitrião, o México precisa recuperar a imagem positiva deixada nas vitórias sobre Coreia do Sul e principalmente Alemanha. Na terceira rodada, no primeiro jogo em que Osorio repetiu a escalação à frente da 'Tri', a equipe foi presa fácil para a Suécia e perdeu por 3 a 0, o que a deixou em segundo lugar no grupo F.

O ex-treinador do São Paulo tem apenas um baixa para o duelo, o zagueiro Héctor Moreno, que cumprirá suspensão devido ao segundo cartão amarelo e provavelmente será substituído por Hugo Ayala.

Prováveis escalações:

Brasil: Allison; Fagner, Miranda, Thiago Silva e Marcelo; Casemiro, Paulinho e Philippe Coutinho; Willian, Neymar e Gabriel Jeses. Técnico: Tite.

México: Ochoa; Álvarez, Ayala, Salcedo e Gallardo; Guardado, Herrera e Layún; Vela, Lozano e 'Chicharito' Hernández. Técnico: Juan Carlos Osorio.

Árbitro: Gianluca Rocchi (Itália), auxiliado pelos compatriotas Elenito Di Liberatore e Mauro Tonolini.

Estádio: Cosmos Arena, em Samara.