México reforça pedido à torcida para acabar com grito homofóbico

O esforço da Federação Mexicana de Futebol em pôr fim no grito da torcida visa também evitar problemas disciplinares

19 JUN 2018 • POR • 10h02
No jogo de estreia do país na Copa do Mundo, vitória contra a Alemanha por 1 a 0, muitos torcedores mantiveram um antigo hábito: o de gritar "puto" (que tem o mesmo sentido pejorativo do grito "bicha") imediatamente após o goleiro rival chutar a bola. - FIFA

A FMF (Federação Mexicana de Futebol) fez novo apelo a seus torcedores para que não haja mais gritos homofóbicos dentro do estádio.

No jogo de estreia do país na Copa do Mundo, vitória contra a Alemanha por 1 a 0, muitos torcedores mantiveram um antigo hábito: o de gritar "puto" (que tem o mesmo sentido pejorativo do grito "bicha") imediatamente após o goleiro rival chutar a bola.

O esforço da entidade em pôr fim no grito da torcida visa também evitar problemas disciplinares. A Fifa abriu investigação contra o México pelas manifestações de cunho homofóbico na partida de estreia.

Em ao menos duas oportunidades, o goleiro Neuer deu chutes longos, em cobranças de falta ou de tiro de meta, e ouviu os torcedores mexicanos responderem com o grito homofóbico.

Há boas chances de o México ser multado pela Fifa. São três observadores em cada partida exatamente avaliando a reação das torcidas. Dois são especialistas na cultura futebolística característica de cada um dos países envolvidos. O terceiro é neutro.

No dia 11 de junho, a FMF publicou em seu site uma cartilha com as "Regras de Civilidade" para o Mundial, onde pediu expressamente que os gritos "puto" fossem evitados.

"Durante as partidas, não grite nem insulte os jogadores, não utilize palavras de baixo calão. Pedimos que não grite 'puto' durante os encontros", trouxe o comunicado.