‘Abraço’ na lagoa lembra o Dia de Enfrentamento à Violência Sexual

Evento realizado na Lagoa do Quarentenário na manhã desta sexta-feira (18) contou com roda de capoeira, música e conscientização

18 MAI 2018 • POR • 22h40
'Abraço’ simbólico foi realizado na Lagoa do Quarentenário, no Jardim Irmã Dolores - Divulgação/PMSV

Divulgar a importância do enfretamento à violência contra crianças e adolescentes e conscientizar a população sobre o tema. Esse foi o objetivo do ‘abraço’ simbólico na Lagoa do Quarentenário, no Jardim Irmã Dolores (antigo Quarentenário), Área Continental da Cidade, na manhã desta sexta-feira (18).  A atividade contou com a participação do Conselho Tutelar, da Secretaria de Assistência Social (Seas), entidades sociais, apresentação de roda de capoeira e do coral da EMEF Prefeito José Meirelles.

“O importante é conscientizar a criança que não é algo natural tocar sem a permissão dela. Fazer com que ela entenda a diferença entre carinho e o abuso”, disse Rose Oliveira, professora da EMEF Prefeito José Meirelles. A docente destacou que é perceptível a mudança de comportamento da criança na escola, e que é fundamental o acompanhamento com professores, psicólogos e família.

O estudante Roberto Silva Gama, de 11 anos, destacou o que mais gostou na cerimônia. “Achei legal falar sobre o abuso e a exploração. A professora fala que não pode ficar quieto, que tem que falar com eles. Meus pais também conversam comigo sobre isso”.

Dentre tantas pessoas, a dona de casa Lucimara Lima. Ela contou sua história de enfrentamento contra o abuso. “Quando era criança eu fui abusada. Era uma pessoa fora da família. Logo falei com minha mãe que depois denunciou para polícia. Então as crianças e adolescentes tem que falar, não deve ficar calados”.

Abuso x exploração

O Instituto Camará Calunga, que atende crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, participou do evento com sua banda. “O que está acontecendo aqui é muito importante para chamar a população e escolas sobre o abuso e exploração sexual. Mas deve ser discutido não só o fato isolado, mas o que leva a acontecer isso. A condição social, familiar o meio em que ela vive tudo isso pode causar essa violência contra a criança e o adolescente”, disse João Guilhermino Franca, um dos fundadores do projeto.

João explicou a diferença entre o abuso e a exploração infantil. “O abuso é uma relação de intimidade entre criança/adolescente com um adulto e não respeita o corpo e a vontade do indivíduo. A exploração é quando envolve o capital, quando o corpo é envolvido em mercado mercantil e posteriormente na prostituição”.

A primeira dama Andrea Gouvêa explicou a importância da festividade e como isso ajuda as escolas e os familiares a reconhecerem os casos. “É muito importante fazer esse chamamento para a população a fim de discutir sobre o tema. As escolas junto com Conselho Tutelar fazem o trabalho de ajudar a criança a enfrentarem essa situação”.