Dia do Gari: 30 anos de dedicação em São Vicente

No Centro da Cidade, profissionais da limpeza acumulam histórias e experiências em mais de três décadas de serviço

16 MAI 2018 • POR • 16h00
Noêmia Sabina Maciel e José Sidney Pires ajudam a transformar o Município em um lugar melhor - Divulgação/PMSV

Eles passam, muitas vezes, despercebidos. De rua em rua, nas praças e avenidas, com a vassoura na mão, os garis tornam a Cidade mais limpa. Dentre esses trabalhadores, em São Vicente, estão Noêmia Sabina Maciel e José Sidney Pires. Há trinta anos, eles ajudam a transformar o Município em um lugar melhor.

“Moro no Quarentenário (Área Continental) e tenho que acordar entre 04h e 05h para estar no trabalho ás 6h45”, disse José Sidney Pires, de 51 anos. Ele começou na profissão de gari no dia 2 de fevereiro de 1989. Antes, fazia bicos como carregador de supermercado.

Pires, que é funcionário da Companhia de Desenvolvimento de São Vicente (Codesavi) desempenha a função de raspagem, retirando folhas e lixo dos bueiros. “Faço de tudo. O trabalho é bom. Tem salário, vale e ticket. Tudo certinho”.

Noêmia Sabino Marciel, de 53 anos, também atua na profissão de gari há um longo período. “Eu só trabalhei de gari, a minha vida toda. Chego cedo e, além de varrer,cumprimento as pessoas e dou bom dia. Algumas já se tornaram conhecidas”, disse ela, que desempenha sua função na Praça 22 de Janeiro.

Histórico

A palavra gari é uma homenagem ao empresário francês Aleixo Gary, que se destacou na história da limpeza da cidade do Rio de Janeiro. Em 11 de outubro de 1876, ele assinou um contrato com o Ministério Imperial para organizar o serviço de limpeza da cidade, que incluía a retirada de lixo de casas e praias e o transporte para a Ilha de Sapucaia, atual bairro Caju.A data lembra o dia da publicação da Lei que instituiu a categoria, em 16 de maio de 1962.