Borja agarra voto de confiança para quebrar jejum e retomar boa fase

Artilheiro alviverde no ano, com 10 gols, Borja viveu seu melhor momento desde que chegou ao Palmeiras neste início de 2018

4 MAI 2018 • POR • 11h51
O estilo de jogo de Borja, de pouca técnica e participação limitada fora da área, desperta resistência de parte da torcida do Palmeiras - Cesar Greco/Ag. Palmeiras

Dos dez jogadores de linha escalados por Roger Machado para o jogo contra o Alianza Lima na última quinta-feira (3), só um era titular: Miguel Borja. O colombiano poderia ter dado lugar a Deyverson, que começou no banco, mas foi mantido no time pela comissão técnica para quebrar o jejum de um mês sem balançar as redes e não deixar cair a confiança construída ao longo da temporada. 

Artilheiro alviverde no ano, com 10 gols, Borja viveu seu melhor momento desde que chegou ao Palmeiras neste início de 2018. Eleito para a seleção do Campeonato Paulista, ele viu seu rendimento baixar depois da final perdida nos pênaltis para o Corinthians e passou cinco jogos sem fazer gol, até voltar a marcar contra o Alianza.

Além da falta de gols, as atuações também não vinham satisfazendo Roger Machado. Antes da partida contra o Alianza, Borja já havia sido substituído em oito jogos seguidos, e chegou a mostrar irritação ao deixar o campo contra o Boca Juniors. Ele voltou a ser sacado para a entrada de Deyverson diante dos peruanos, mas desta vez saiu em alta, pouco depois de fazer o terceiro gol da equipe na partida.

O estilo de jogo de Borja, de pouca técnica e participação limitada fora da área, desperta resistência de parte da torcida do Palmeiras. Mesmo contra o Alianza, o camisa 9 já havia errado alguns lances antes de balançar a rede. Mas a comissão alviverde entende que ele é importantíssimo para o equilíbrio do time, por oferecer um ponto de referência na frente e empurrar a defesa adversária para trás com suas infiltrações em diagonal, sempre destacadas por Roger.

Após um primeiro ano de adaptação muito difícil, em que chegou a ficar no banco de reservas sob o comando de Cuca, a preocupação é não deixar o lado emocional afetar Borja em 2018. O Palmeiras apostou na recuperação do colombiano, com quem tem contrato até 2022, e descarta trazer outros jogadores para a posição agora. O nome do flamenguista Guerrero, por exemplo, que foi especulado pela imprensa peruana, não é considerado no momento pela diretoria alviverde.