Estivadores de Santos farão greve de 24 horas nesta sexta-feira

O diretor social e de imprensa do sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, comunicou a greve aos empresários por meio de ofício

18 ABR 2018 • POR • 16h00
Na foto, a assembleia que lotou o sindicato, na manhã desta terça-feira - Divulgação

Os estivadores de Santos paralisarão o porto por 24 horas, nesta sexta-feira (20), conforme decisão de assembleia de campanha salarial, na manhã desta terça (17).

O diretor social e de imprensa do sindicato, Sandro Olímpio da Silva ‘Cabeça’, comunicou a greve aos empresários por meio de ofício, protocolado no começo da tarde.

O documento, endereçado ao presidente do sindicato patronal dos operadores portuários do estado de São Paulo, João Almeida, reclama da falta de resposta às reivindicações.

Com data-base em março, os estivadores estão em ‘estado de greve’ desde 16 de março. A assembleia está em caráter permanente desde dezembro de 2017, quando foram aprovadas as reivindicações.

A categoria já fez duas passeatas e paralisou o porto em 12 de março. A primeira passeata foi em 26 de fevereiro. A segunda foi no dia da greve, em 12 de março.

A reivindicação, segundo Sandro ‘Cabeça’, “é sempre a mesma: negociação. Queremos negociar a já procuramos o Sopesp muitas vezes, para tentar abrir negociações”.

Segundo o secretário-geral do sindicato, Josué Sampaio ‘China’, a intransigência “é inexplicável. O Sopesp negocia com todos os sindicatos portuários, menos com o nosso”.

Reivindicações

Os estivadores reivindicam basicamente a manutenção do mercado de trabalho, o “não extermínio dos avulsos nos terminais” e melhores salários. A pauta foi aprovada em 27 de dezembro.

Eles querem tratar do regramento do trabalho a bordo e passagem do cadastro para o registro, entre outros assuntos. O sindicato aguarda resposta sobre a convenção e os acordos coletivos de trabalho.

Os acordos, segundo ele, definem pontos econômicos. E a convenção coletiva define regras de direitos e deveres das duas partes: “Queremos acelerar as negociações, para que não se arrastem”, diz o sindicalista.