Equador confirma morte de jornalistas após sequestro por dissidentes das Farc

O presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou ainda o lançamento de ações militares na fronteira onde a equipe foi sequestrada

13 ABR 2018 • POR • 17h50

O presidente do Equador, Lenín Moreno, disse nesta sexta-feira (13) ter informação que confirma as mortes de dois jornalistas e seu motorista, que foram sequestrados no mês passado por dissidentes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia).

"Não recebemos prova de vida", disse Moreno em uma mensagem transmitida pela TV. "E lamentavelmente temos informação que confirma o assassinato dos jornalistas."

Moreno anunciou ainda o lançamento de ações militares na fronteira onde a equipe foi sequestrada.

O equatoriano havia deixado a Cúpula das Américas, em Lima, nesta manhã, e retornado a seu país diante da confirmação das mortes.

Ao chegar a Quito, ele deu um ultimato de 12 horas para que os sequestradores dessem "uma prova de vida" dos profissionais.

A equipe -Javier Ortega Reyes, 32, Paul Rivas Bravo, 45 e Efraín Abril, 60- estava realizando um documentário sobre a retomada da violência na região da fronteira entre Colômbia e Equador, devido à ação de ex-guerrilheiros, que estavam realizando ataques a cidades da fronteira.

Em mensagem nas redes sociais, o presidente colombiano, Juan Manuel Santos, disse que as Forças Armadas de seu país estão dando "amplo suporte" para que os jornalistas sejam encontrados.

Santos está em contato telefônico contínuo com Moreno, segundo a assessoria de imprensa da Presidência da Colômbia.

Uma frente dissidente das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia) disse em comunicado que os três jornalistas estavam em seu poder e que eles morreram por conta de um ataque do Exército colombiano.

Santos nega que tal ataque tenha ocorrido.