Seminário aponta ações para reduzir a mortalidade infantil

O risco de morte de uma criança nas primeiras semanas de vida na região é 27% maior que a média estadual: 13,8 mortos para cada mil nascimentos

11 ABR 2018 • POR • 09h00
O evento reuniu estudantes, docentes, representantes de outras regiões do Estado de São Paulo e da Diretoria Regional de Saúde - Rodrigo Montaldi/DL

Após dois anos de pesquisas e mapeamentos, alunos de duas universidades da região – a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) e o Centro Universitário Lusíada (Unilus) – apresentaram medidas para reduzir a taxa de mortalidade infantil na Baixada Santista. O risco de morte de uma criança nas primeiras semanas de vida na região é 27% maior que a média estadual: 13,8 mortos para cada mil nascimentos.

O evento ‘Reduzir a mortalidade materna e infantil na Baixada Santista: um desafio de todos’ reuniu estudantes, docentes, representantes de outras regiões do Estado de São Paulo e da Diretoria Regional de Saúde. Um documento com estratégias de enfrentamento foi esboçado e será entregue para as Administrações das nove cidades, Secretaria de Saúde do Estado e Ministério da Saúde.

“O objetivo é criar um observatório de ações e formar profissionais já aptos para lidar com as necessidades da região. Os alunos estão desde 2016 conhecendo e estudando a rede de assistência à saúde infantil e a maternidade de Santos, São Vicente e Itanhaém”, conta Stela Maris Nicolau, docente da Unifesp.

O PET-Saúde GraduaSUS é desenvolvido desde maio de 2016 e composto por cinco cursos da área de saúde da Unifesp (Educação Física, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Terapia Ocupacional), além do curso de Medicina Unilus. Dentre as medidas apresentadas, estão melhorias na formação acadêmica, a instalação de um sistema informatizado de orientações sobre as ­gestantes da região e a implantação do tópico sobre saúde sexual e reprodução na atenção básica.

“As principais ações de saúde na Baixada Santistas tem que ser focadas na mortalidade infantil, que tem um índice destoante do Estado. Esses indicadores são responsabilidade de todos nós e a DRS se compromete a fortalecer o Programa de Educação para o Trabalho junto ao Ministério da Saúde”, finaliza a assistente social Maria Cecília Gulo, representante da DRS-IV no seminário.