Moro diz que presunção de inocência não vale como garantia de impunidade

Ele fez uma ode à ministra Rosa Weber, que se diz contra a execução de pena, mas negou o HC de Lula, garantindo sua prisão

10 ABR 2018 • POR • 11h10
O juiz Sergio Moro, que decretou a prisão do ex-presidente Lula na semana passada, comemorou nesta terça-feira (10) a recusa do habeas corpus pedido pelo petista - Divulgação/Fotos Públicas

O juiz Sergio Moro, que decretou a prisão do ex-presidente Lula na semana passada, comemorou nesta terça-feira (10) a recusa do habeas corpus pedido pelo petista.

"Na semana passada, o Supremo Tribunal Federal proferiu decisão muito importante. Não me refiro ao caso concreto do ex-presidente. Foi mais uma vez o apego ao princípio de que, e há toda uma discussão em torno disso, que o princípio da presunção de inocência não pode ser interpretado como garantia da impunidade dos poderosos", disse no Fórum da Liberdade, em Porto Alegre.

Foi muito aplaudido.

Ele fez uma ode à ministra Rosa Weber, que se diz contra a execução de pena, mas negou o HC de Lula, garantindo sua prisão.

"O voto mais interessante foi o da Rosa Weber", afirmou. Elogiou sua conduta discreta.

"Ela não fala com a imprensa, no fundo ela está certa e a maioria errada, inclusive eu aqui", disse atrancando risos.

Weber, disse Moro, "apelou para valores extremamente importantes para o Estado de Direito e a ética da magistratura".

"Você não muda ao sabor do acaso", disse, aplaudido mais uma vez.