Atores santistas participam de lançamento de filme sobre Edir Macedo

A maior parte dos atores atuou na cena da procissão (rua do Comércio, como se fosse Rio de Janeiro, na década de 60), na época em que Edir era católico.

31 MAR 2018 • POR • 09h15
Mais de 300 figurantes santistas e outros profissionais que participaram do filme, na sessão das 20 horas, na sala VIP do Cine Roxy. - Assessoria de Imprensa/Santos

O longa-metragem 'Nada a Perder', sobre a vida de Edir Macedo, que teve lançamento nacional nesta quinta-feira (29), pela Paris Filmes, contou com a presença dos mais de 300 figurantes santistas e outros profissionais que participaram do filme, na sessão das 20 horas, na sala VIP do Cine Roxy.

A Prefeitura de Santos, por meio do Santos Film Commission, apoiou a produção nas locações feitas na cidade em março do ano passado, cedendo locais que serviram de cenário para as gravações: Paço Municipal, Mercado Municipal, Cais Vila Matias, Largo do Valongo e diversas ruas do Centro Histórico.

A maior parte dos atores atuou na cena da procissão (rua do Comércio, como se fosse Rio de Janeiro, na década de 60), na época em que Edir era católico.

A coordenadora da Santos Film Comission, Maria Francisca Romão, informou que foram seis meses de trabalho, da pesquisa ao final das filmagens. Ela explicou que o órgão, ligado à Secretaria de Governo, é um facilitador para produções cinematográficas na cidade, auxiliando no que for preciso, como ajudar pela melhor opção de lugar para as gravações, orientar no recolhimento de taxas e acionar CET e Guarda Municipal, tendo apoio da PM.

A atriz Vanderlea Inocêncio fez o papel de uma beata na procissão, que orava e cantava. "Foi emocionante. Fiquei ao lado da Beth Goulart (mãe de Edir) o tempo todo. Ela é muito profissional". Ela lembrou que a cena foi gravada mais de 20 vezes, das 14 horas à meia-noite.  

Um dos três padres da trama foi representado por Edson Donadio, 71, professor e historiador aposentado, que também teve que repetir a cena várias vezes, das 13h às duas horas. "Tive que tirar meu bigode de 53 anos para atuar, mas valeu a pena, tudo bem organizado".

O administrador de empresas e músico Rogério Moreira, 45, conduziu a multidão que cantava na procissão. Para ele, a experiência foi bastante interessante.  

ADAPTAÇÕES - Algumas adaptações foram feitas nos ambientes em que foram feitas as filmagens. A prefeitura fez as vezes do Fórum de São Paulo, no período em que Edir foi preso pela Polícia Federal. O gabinete da Secretaria de Governo foi transformado no escritório do bispo.

No Mercado foi colocada uma placa para simular uma maternidade, onde nasceram os filhos do protagonista, além da presença de carros antigos.  Já no Cais Vila Mathias foram pintadas as fachadas das casas que ficam na rua lateral, representando a casa da família do religioso.   

ESCOLHA – De acordo com o diretor do longa, André Ristum, com 22 anos de atuação, a escolha de Santos se deu pela beleza e similaridade dos lugares com os originais, além da tranquilidade maior. "Essas cenas precisavam ser em locais mais tranquilos. Em São Paulo, por exemplo, é bem mais difícil".

Ele informou que a história de Edir será contada em duas partes: Nada a Perder I e Nada a Perder II. Ambos foram rodados simultaneamente, com três unidades, em Santos, São Paulo e Campinas, totalizando 250 profissionais. Ele afirmou que a trama se passa da década de 60 aos dias de hoje.