Maluf passa mal e é transferido para hospital, diz defesa

A informação é de um de seus advogados, Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay)

28 MAR 2018 • POR • 10h00
Maluf está preso desde o fim do ano passado para cumprir pena de sete anos e nove meses no Distrito Federal pelo crime de lavagem de dinheiro - Agência Brasil

O deputado Paulo Maluf (PP-SP) foi transferido na madrugada desta quarta-feira (28) da penitenciária da Papuda para um hospital em Brasília. A informação é de um de seus advogados, Antonio Carlos de Almeida Castro (Kakay).

Segundo comunicado distribuído por ele, "o dr. Paulo Maluf teve uma complicação séria no seu quadro de saúde esta madrugada e foi internado às pressas no hospital Home perto da meia-noite. A informação é que terá que ficar sob observação por pelo menos três dias".

Ele diz que a defesa não obteve ainda "maiores detalhes e também preserva o direito de respeitar a dor e a preocupação da família, que não quer maior exposição".

Almeida Castro diz também que, "como é do conhecimento de todos o quadro de saúde do dr. Paulo é grave, com constante e diário comprometimento, inclusive com permanente risco de óbito. O que cabia à defesa técnica foi feito, agora são os médicos que estarão responsáveis pela saúde".

Os advogados tentam tirar Maluf da cadeia desde dezembro, alegando sérios problemas de saúde. Entre outras coisas, o ex-prefeito de São Paulo já se tratou de um câncer de próstata e tem dificuldade para se locomover.

CONDENAÇÃO

Maluf está preso desde o fim do ano passado para cumprir pena de sete anos e nove meses no Distrito Federal pelo crime de lavagem de dinheiro, após ser condenado pelo STF (Supremo Tribunal Federal).
Maluf foi condenado por receber propina em contratos públicos com as empreiteiras Mendes Júnior e OAS quando era prefeito de São Paulo (1993-1996). Os recursos teriam sido desviados da construção da avenida Água Espraiada, hoje chamada avenida Roberto Marinho. O custo total da obra foi cerca de R$ 800 milhões.

As investigações se arrastaram por mais de dez anos desde a instauração do primeiro inquérito, ainda na primeira instância da Justiça. Os procuradores do Ministério Público estimaram em US$ 170 milhões a movimentação total de recursos ilícitos. O Supremo assumiu o caso após a eleição de Maluf como deputado federal.