Servidores aceitam nova proposta da prefeitura e encerram campanha salarial

A diferença entre a proposta rejeitada na terça-feira da semana passada (13) é que a segunda parcela do reajuste, de 1%, antes prevista para agosto, foi adiantada para julho

22 MAR 2018 • POR • 16h16
O presidente do sindicato, Fábio Pimentel, na assembleia desta quarta-feira à noite - Divulgação

Em assembleia na noite desta quarta-feira (21), o sindicato dos servidores estatutários municipais de Santos (Sindest) aceitou a nova proposta da prefeitura para renovação do acordo coletivo dos 10 mil trabalhadores da ativa e 5.600 mil aposentados.

A diferença entre a proposta rejeitada na terça-feira da semana passada (13) é que a segunda parcela do reajuste, de 1%, antes prevista para agosto, foi adiantada para julho. A primeira parcela, retroativa à data-base de fevereiro, continua em 2%.

Segundo o presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, com a aplicação da segunda sobre a primeira, o reajuste será de 3,2%. Isso corresponde a 0,34% acima da inflação. “Fomos até onde deu. Cada avanço foi conquistado à duras penas”.

“Num momento difícil de desmobilização da categoria, causada por fatores que prefiro não ressaltar para evitar polêmicas desnecessárias e infrutíferas, avançamos no que foi possível. Espero que, em 2019, o funcionalismo esteja forte e unido”, diz o sindicalista.

Cesta

Fábio ressalta que o reajuste de 9% na cesta-básica e sua concessão, de R$ 280, aos aposentados que ganham até quatro salários mínimos, foi um dos principais pontos do acordo coletivo. Segundo ele, a medida contempla 840 aposentados que não recebiam o benefício.

Ao final da assembleia, o escriturário aposentado há cerca de 30 anos José Carlos Francisco comemorou a extensão do ganho, que antes atingia apenas os que recebiam até três salários mínimos: “Sou grato à diretoria do sindicato”.

Ele lembrou que, no início da atual gestão sindical, em 2010, apenas os aposentados com vencimento até dois salários mínimos ganhavam a cesta. Depois, passou para três e agora para quatro. “Avançamos bem e um dia todos será contemplados”.

“Fico chateado”, disse José Carlos, “porque todos os aposentados deveriam estar aqui, prestigiando essa luta. E o pessoal da ativa também. Quando os mais novos chegarem à nossa idade, saberão que o aposentado também tem direito a comer. E tem mais despesas com remédios”.

O reajuste no vale-alimentação foi de 3% e passou para R$ 435,07. Por outro lado, continuam negociações específicas sobre várias categorias, desde que agendadas.