Pesquisadores responsáveis por projeto contra a erosão dão palestra em Santos

Encontro será na Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos nesta quinta (22), às 19 horas

19 MAR 2018 • POR • 18h30
Patrícia Dalsoglio Garcia, Ricardo Martins Campos e Tiago Zenker Gireli são os responsáveis pelo projeto - Divulgação/PMS

Os autores do projeto contra a erosão na Ponta da Praia e professores do Departamento de Recursos Hídricos da Faculdade de Engenharia Civil, Arquitetura e Urbanismo (FEC) da Unicamp, Patrícia Dalsoglio Garcia, Ricardo Martins Campos e Tiago Zenker Gireli, virão a Santos no próximo 22 de março para falar sobre a medida que visa minimizar a erosão e os danos causados pelas ressacas.
 
O encontro gratuito será realizado às 19 horas, na Associação de Engenheiros e Arquitetos de Santos (AEAS), localizada na rua Artur Porchat de Assis, 47, Boqueirão, Santos. Interessados em participar devem entrar em contato pelo e-mail: aeas@aeas.com.br. Mais informações pelo telefone (13) 3288-2517.
 
Foram os professores Patrícia Dalsoglio Garcia, Ricardo Martins Campos e Tiago Zenker Gireli que disponibilizaram à Prefeitura de Santos, por intermédio de convênio sem custos para a Administração, o projeto piloto para minimizar os efeitos da erosão, principalmente na Ponta da Praia, trecho mais afetado da cidade.

A proposta aponta para a construção de duas estruturas submersas. Uma delas na parte da mureta da orla, próxima ao Aquário, que segue por 275 metros mar adentro. A outra, que dá sequência à primeira, se estende paralela ao muro da praia por 240 metros.
 
Essas estruturas são construídas com bags (sacos) de tecido geotêxtil (material polimérico inerte e de baixo impacto ambiental), que receberão sete mil toneladas de areia retiradas dos Canais 2.
 
Os pesquisadores optaram, no lugar das estruturas de blocos de pedra ou concreto, a utilização de materiais geossintéticos, que são mais baratos. Os tubos flexíveis de geotêxtil vêm sendo aplicados para construção de diques e quebra-mares nos Estados Unidos, Golfo do México, Austrália e Coreia do Sul.
 
A obra custará R$ 2,9 milhões, recurso liberado pelo Ministério Púbico Estadual (MPE), resultado de multa ambiental por acidente ocorrido no Porto de Santos. O valor já foi depositado no Fundo Municipal de Meio Ambiente e reservado para este fim.