Zen, sem regalias e porta-voz: ex-detento fala de Dado Dolabella na prisão

O artista está na 33ª Delegacia de Polícia (Pirituba), na zona norte de São Paulo

9 MAR 2018 • POR • 21h38
Dado está preso há 34 dias por não pagar cerca de R$ 196 mil de pensão ao filho - Divulgação/Polícia Civil

Em entrevista ao programa "Fofocalizando", do SBT, nesta sexta-feira (9) um ex-companheiro de prisão de Dado Dolabella, Carlos Fernando Andrade, conhecido como MC Tio Chico, disse que o ator tem comportamento tranquilo, não tem regalias e que assumiu a função de "geral" na carceragem -uma espécie de porta-voz entre os presos, carcereiros e advogados.

Dado está na 33ª Delegacia de Polícia (Pirituba), na zona norte de São Paulo, onde há uma carceragem destinada somente a homens que não pagaram pensão alimentícia. Ele está preso há 34 dias por não pagar cerca de R$ 196 mil de pensão ao filho, fruto de seu relacionamento com Fabiana Vasconcelos Neves.

Segundo o entrevistado, que permaneceu 30 dias na prisão com o ator, ele não demonstrou nenhum traço de temperamento agressivo, como questionado pelo apresentador Décio Piccinini no programa.

"Ele não se revoltou, pelo contrário, ficou normal. Ele se adaptou bem à rotina. É família, amigo, nos ensinou coisas sobre a cultura vegana dele, dá palestras sobre isso. Pelos 30 dias em que o conheci, ele não é uma pessoa violenta. Todo mundo tem seu lado explosivo quando contrariado. Mas ele chegou tranquilo e abatido como todos", afirmou o MC.

Como todos os outros detentos do local -são 41 homens que dividem um mesmo pátio e com celas abertas-, Dado usa uma geladeira da delegacia, onde guardam leite e sucos, segundo Chicão.

"Ele não tem regalia, é um preso normal como todos os outros, divide com todos o que levam para ele. Não esconde as coisas", afirmou o ex-detento, que também disse ter composto uma música com Dado e outro preso.

"Não é (para mudança de carreira), é só uma música que fizemos. É bem comercial, fala de infância", afirmou o MC.

O músico afirmou que, como todos os presos do lugar, Dado é bem consciente sobre a situação e não explanou se tem previsão de quando e como vai sair.

"A gente trabalha tanto na vida e é preso por pensão. Não é normal para ninguém. Se tem dinheiro você paga e sai. Se não tem dinheiro e fica. Ele (Dado) é um cara centrado, tem objetivos, vontade de voltar ao mercado de trabalho e é esforçado como todos ali dentro", acrescentou o ex-detento.