Sindest vai propor estado de greve

O presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, quer deixar claro ao Poder Executivo que a greve poderá ser deflagrada a qualquer momento

1 MAR 2018 • POR • 09h00
Próxima assembleia está marcada para a noite da próxima terça-feira (6) - Divulgação/Paulo Passos

Em assembleia marcada para a noite da próxima terça-feira (6), a diretoria do Sindicato dos Servidores Municipais Estatutários de Santos (Sindest) vai propor ‘estado de greve’, precedida de paralisações setoriais, para pressionar a Prefeitura a melhorar a proposta do acordo salarial deste ano. O presidente do sindicato, Fábio Marcelo Pimentel, quer deixar claro ao Poder Executivo que a greve poderá ser deflagrada a qualquer momento.

Na última sexta-feira (23), a categoria recusou 2% de reajuste na data-base de fevereiro, mais 1% em agosto. O sindicalista está irritado com o prefeito Paulo Alexandre Barbosa (PSDB) e com o secretário de Gestão, Carlos Teixeira Filho, o Cacá, que anunciaram o envio de projeto de lei à Câmara para oficializar a proposta recusada em assembleia.

“A categoria merece respeito. Enquanto as negociações não forem encerradas democraticamente, eles não deveriam dar o caso por encerrado, levando essa proposta miserável de acordo coletivo ao Legislativo, onde têm maioria de votos”, afirmou Fábio Pimentel.

Sem ter ainda claro quando poderá ser decretada a greve, o presidente do Sindest defende que as paralisações setoriais comecem já na semana que vem, após a assembleia de terça-feira. “Paralisaremos todos os setores, um por um, conscientizando o pessoal para a greve”. A proposta da Prefeitura recusada em assembleia estabelece correção de 3% na cesta-básica, de R$ 263,00, e outros 3% no auxílio-alimentação, de R$ 422,00. O sindicato contrapropõe reajuste salarial de 3% em fevereiro e 2% em julho, além de 100% na cesta e na alimentação.

Outro sindicato

A direção do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Santos (Sindserv) também não concorda com a proposta do Executivo, por acreditar que os servidores merecem, no mínimo, o dobro. “Não houve redução de arrecadação. Estão enxugando a folha de pagamento e para ter dinheiro para organizações sociais e empreiteiras que não são da cidade. Queremos 7,95%, que nada mais é do que a inflação oficial (2,95%) mais 5% de perdas”, afirmou Flávio Saraiva, presidente do Sindserv.

O diretor Cássio Canhoto enfatizou que a inflação não é sequer real e o funcionalismo de Santos vem acumulando perdas. “Além disso, os números oficiais mostram que as despesas com pessoal vem caindo e não vem acompanhada com a realização de concursos e valorização dos servidores. No ano passado, a proposta foi zero de reajuste. O PSDB é um verdadeiro incubador de Os’s e empresas”, desabafa.

Além dos 7,95%, o sindicato quer a correção do valor do auxílio alimentação para R$ 26,00 ao dia, totalizando R$ 572,00 por mês e a extensão do benefício ao segundo registro dos servidores com dois registros funcionais.