População reclama da falta de abrigo em pontos de ônibus de São Vicente

Os passageiros do transporte coletivo sofrem com as chuvas e o sol forte, e reclamam de não ter um local para sentar ou se abrigar enquanto aguardam os ônibus.

18 FEV 2018 • POR • 14h03
Passageiros ficam expostos ao sol forte, chuva e rajadas de vento. - Rodrigo Montaldi

Pontos de ônibus quebrados, sem cobertura ou simplesmente sem qualquer abrigo ou assento, essa é a situação em algumas paradas de São Vicente. Segundo a Prefeitura, não há previsão de serem reformados ou recolocados.

Principal via da cidade, a Avenida Presidente Wilson, é exemplo disso. Fernando Firmino trabalha vendendo passagens no primeiro ponto sentido praia. Segundo ele, o abrigo foi retirado no dia 1º de outubro e, no dia seguinte, ele e seu primo decidiram colocar cadeiras e guarda-sol no local. “Aqui param muitos idosos e deficientes, por isso resolvemos ajudar”, explica.

Todos os dias, seu primo traz as cadeiras às 7h da manhã e retira às 18h. O guarda-sol fica em um estacionamento próximo ao local. “Todo mundo agradece, mas a gente só faz por ajudar e fica esperando que a Prefeitura arrume”, diz. “Muitos inclusive acham que foi a Prefeitura que mandou colocar nossas cadeiras e ficam gratos quando descobrem que fomos nós”, complementa.

De acordo com a Secretaria de Trânsito e Transportes (Setrans), há um inquérito civil público do Ministério Público (MP) determinando a retirada dos abrigos de concreto tendo em vista o risco de queda. “Atendendo à determinação do MP, e para segurança das pessoas, a Setrans está retirando os abrigos”, informa o órgão da Administração Municipal.

Os passageiros do transporte coletivo sofrem com as chuvas e o sol forte, e reclamam de não ter um local para sentar ou se abrigar enquanto aguardam os ônibus.

“Pego ônibus às vezes aqui, é um absurdo essa situação”, reclama Fernanda de Souza. “É legal a atitude dos meninos, mas é obrigação da Prefeitura. Eles fazem o que não precisam e a Prefeitura não cumpre seu papel”, comenta a respeito das cadeiras e guarda-sol colocados pelos vendedores de passagem.

Beatriz Pinheiro depende do transporte público todos os dias e não entende a demora em repor o ponto. “Está assim desde o ano passado e ninguém faz nada. Ainda bem que os meninos colocam essas cadeiras para ajudar”, diz.

O segundo ponto sentido praia e o último sentido centro também estão sem abrigo. Já o terceiro ponto sentido praia está sem a cobertura. “É horrível e em dia de temporal piora. Eles pintaram, mas não colocaram cobertura, não tem o menor sentido. Quem pega transporte público todos os dias sofre”, lamenta Jarizete Pereira, mostrando que, além do toldo, partes dos bancos estão quebradas.

A situação se repete ainda no segundo ponto do Itararé, sentido Santos. “Todos os dias ouço as pessoas reclamando dos pontos dessa região”, esclarece Juliana Souza.

Além disso, nos primeiros pontos de cada sentido da Presidente Wilson (praia e Centro) há abrigos diferentes dos demais. Enquanto os outros são de concreto, estes são de ferro.

Ainda sem previsão de quando essa situação será revertida, a Prefeitura diz que busca parcerias para a instalação de novos abrigos.