Major Olímpio cobra ao novo presidente do TSE o voto em trânsito dos militares

O ofício foi protocolado horas antes do ministro Luiz Fux tomar posse como presidente do TSE

7 FEV 2018 • POR • 09h58
Major Olímpio cobra ao novo presidente do TSE o voto em trânsito dos militares - Gabriela Korossy/Câmara dos Deputados

Tão logo o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux tomou posse na noite desta terça-feira (6) como presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele já terá que decidir sobre um ofício protocolado horas antes da posse pelo deputado federal Major Olímpio (SD-SP) que mudará a participação de militares e guardas municipais nas próximas eleições.

O documento pede que seja autorizado o direito de voto em trânsito para membros das Forças Armadas, bombeiros, guardas municipais e policiais militares, civis, federais e rodoviários quando em serviço no dia da eleição. Ou seja, simplesmente autoriza que o militar em serviço possa ir às urnas em qualquer domicílio eleitoral e faça valer seu direito como eleitor.

“Existe uma disparidade no nosso país: o preso pode votar nas urnas dentro dos presídios e o policial que faz a escolta deste preso não tem direito ao voto. Então, o que estou pedindo é apenas o fiel cumprimento da minirreforma política que aprovamos em 2015 e que autoriza o voto em trânsito para o militar das Forças Armadas, o policial e guarda civil”, explicou Major Olímpio em entrevista para o ESTAÇÃO.

Ele disse que no estado de São Paulo um quarto do efetivo da Polícia Militar – “e isso não deve ser diferente em outros estados brasileiros”, enfatizou – perdem o voto no dia da eleição por estarem em serviço. “Ou seja, temos 20 mil policiais militares em São Paulo que não votam e que podem decidir uma eleição. Queremos devolver a cidadania a essa massa crítica de pessoas”, observou o parlamentar.

Major Olímpio afirmou que na próxima quinta-feira (8) estará comunicando oficialmente ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TER-SP), Comando Geral da PM e Delegacia Geral da Polícia Civil sobre a resolução. “Estou avisando oito meses antes das eleições, pois é necessário que esses órgãos informem a escala de seus policiais no dia das eleições para que eles votem no local próximo onde vão trabalhar”.

Perguntando se o voto em trânsito dos militares, policiais e guardas municipais vai beneficiá-lo nas próximas eleições, Major Olímpio se exaltou: “Como vou poder dizer isso? Até gostaria que isso acontecesse. Mas o que estamos fazendo é devolvendo a cidadania do voto que a Constituição retirou desses homens”.