Especialista fala sobre acidentes com animais marinhos

Devido ao ­histórico de ocorrências nas praias da Baixada Santista, turistas e munícipes devem ficar atentos para não serem ­vítimas

3 FEV 2018 • POR • 10h50
Durante o verão, é comum que os acidentes com animais marinhos aumentem - Venilton Kuchler/Fotos Públicas

Durante a época do verão, é comum que os acidentes com animais marinhos aumentem. Devido ao ­histórico de ocorrências nas praias da Baixada Santista, turistas e munícipes devem ficar atentos para não serem ­vítimas.

De acordo com o professor doutor em dermatologia e especialista em animais marinhos, Vidal Haddad Junior, a maior parte dos acidentes na região é causada por bagres, águas-vivas ou caravelas.

“É possível que certas populações de animais tenham aumento no verão. Já observei dois surtos de caravelas na Baixada nos últimos dez anos, o primeiro na Praia Grande, e o outro no Guarujá”, comenta o ­professor.

Em caso de acidentes com águas-vivas, o especialista recomenda fazer compressas de água do mar gelada para controlar a dor. A água doce não é indicada, pois ela piora o quadro. Além disso, fazer banho de vinagre também diminui a quantidade de veneno injetada.

Na maioria das vezes, os acidentes com águas-vivas são de leves a moderados. “Se houver chiado no pulmão, dificuldades para respirar, lesões de pele longe do local atingido, desorientação ou inconsciência, procure socorro imediatamente”, orienta.

O hospital também deve ser procurado em caso de acidentes com bagre, pois podem ter ferrões quebrados no ferimento, que são ­identificados por raio-x. “Se o bagre estiver na areia por poucas horas, ainda pode envenenar e a dor é intensa”, relata Haddad. “Já se o peixe está deteriorado, o risco de infecção é grande, especialmente a quebra de ferrões, que exigem cirurgia”, complementa.

Segundo o especialista, para aliviar a dor, deve-se fazer uma imersão em água morna, por 30 a 90 ­minutos.