Professores de Cubatão ameaçam não retomar aulas

Eles salientam que acordos feitos no fim da greve de maio último não foram cumpridos pela ­Administração

24 JAN 2018 • POR • 11h01
Os professores alertam que não irão começar as aulas enquanto a Prefeitura de Cubatão não pagar os atrasados - Divulgação

Professores de Cubatão, apoiados pelo sindicato da categoria, fizeram uma manifestação ontem em frente ao Paço Municipal. Eles estão exigindo o pagamento das férias atrasadas, referentes ao ano passado e a última parcela de 2016. Eles salientam que acordos feitos no fim da greve de maio último não foram cumpridos pela ­Administração.  

Os professores alertam que não irão começar as aulas enquanto a Prefeitura de Cubatão não pagar os atrasados. Eles acreditam que o movimento de ontem poderá desencadear um maior, semelhante ao que ocorreu ano passado, quando mais de duas mil pessoas foram às ruas, em uma greve que durou mais de 30 dias.

Os educadores também explicam que novos decretos prejudicam a jornada dos professores, que passam a receber menos, e aumentam o número de alunos por classe, superlotado as salas de aula e rebaixando a qualidade do ensino público. Eles argumentam ainda, que até hoje as aulas não têm data certa para começar e os professores ainda não fizeram a escolha de seus locais de trabalho.

Prefeitura

A Prefeitura informou que a parcela final das férias de 2016 foi depositada. A Secretaria de Educação informou que cumprirá as propostas apresentadas em reunião com professores em dezembro, tendo os dois decretos substituídos impreterivelmente no decorrer desta semana.

Os processos de atribuição de classes e aulas, de jornadas de professores e de atendimento das unidades municipais de Ensino foram regulamentados nos decretos municipais 10.684, 10.696 e 10.697/17, publicados em dezembro último.

Conforme a Administração, por terem sido publicados no intervalo dos anos letivos, não foi acarretado em ensino pior, como alegado e há um compromisso de que os apontamentos dessas reuniões entrem em vigor em novos decretos nesta semana, antes do novo ano letivo.