Temer discutirá hoje data de votação da Previdência

O comunicado veio na sequência das declarações do líder de Romero Jucá (PMDB-RR), de que já haveria um acordo para deixar a reforma da Previdência para fevereiro

14 DEZ 2017 • POR • 12h31
Temer discutirá hoje data de votação da Previdência - Valter Campanato/Agência Brasil

O Palácio do Planalto publicou uma nota na noite de ontem para informar que o presidente Michel Temer (PMDB) ainda espera que haja a leitura do relatório de Arthur Maia sobre a reforma da Previdência nesta quinta-feira para só depois ter conversas com os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), sobre a definição de uma data para iniciar a votação da proposta.

O comunicado veio na sequência das declarações do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), de que já haveria um acordo para deixar a reforma da Previdência para fevereiro.
Temer se recupera de um procedimento cirúrgico em São Paulo e retornará hoje a Brasília, segundo a Presidência.

Jucá disse ontem que o Palácio do Planalto, em comum acordo com os presidentes da Câmara e do Senado, decidiu deixar a apreciação do tema para janeiro ou fevereiro de 2018, para garantir o número de votos necessários para a aprovação do tema.

Jucá afirmou que devido à votação do Orçamento não haveria quórum para votar a reforma da Previdência.  “Vamos aguardar até fevereiro para votar ou até convocar uma sessão extraordinária em 2018 se houver entendimento”, disse.

“Mesmo que haja convocação extraordinária será em janeiro. Isso vai depender do mapeamento e presença dos parlamentares em Brasília. Pela lógica, a votação da Previdência fica para o ano que vem”, explicou.

O líder do governo foi questionado sobre a razão de o presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), ter pautado a votação da Lei Orçamentária Anual (LOA) para ontem, o que afeta justamente o quórum na Congresso para semana que vem, quando o governo previa tentar votar a reforma da Previdência. Mas Jucá respondeu apenas que a votação do Orçamento precisava do número máximo de parlamentares na Casa.

“Ao marcar a votação do Orçamento se fixou a data de hoje (ontem) como limite para a presença de parlamentares na Casa. Na próxima semana, poderia não haver quórum para votar o Orçamento”, disse antes de negar que o governo sofrera uma derrota.

“De forma nenhum houve derrota do governo. Foi um entendimento em conjunto em razão de números para a aprovação da reforma da Previdência”, ­justificou.