Mais de 300 presos na Baixada Santista irão fazer o Enem nesta terça e quarta-feira, dias 12 e 13

No Estado de São Paulo, cerca de 33 mil presos farão Enem e Encceja para pessoas privadas de liberdade

11 DEZ 2017 • POR • 17h06
326 reeducandos da Baixada Santista farão o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdad - Divulgação/SAP

O mês de dezembro marca, além do final do ano, a possibilidade de uma virada por meio da educação para pessoas presas: nos dias 12 e 13 de dezembro, 326 reeducandos da Baixada Santista farão o Exame Nacional do Ensino Médio para Pessoas Privadas de Liberdade (Enem PPL); já nos dias 19 e 20, é a vez de 422 reeducandos prestarem o Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja).

Em todo o Estado de São Paulo, 33.006 presos se inscreveram para fazer as provas: foram 10.976 para o Enem PPL e 22.030, para o Encceja.

Tanto o Enem PPL quanto o Encceja são realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). É exigido o mesmo conteúdo do exame feito para as pessoas que estão em liberdade. A diferença é o local da aplicação da prova, que neste caso é realizada nas unidades prisionais e socioeducativas indicadas pelos respectivos órgãos de administração prisional de cada unidade federativa do Brasil.

Diferentemente de anos anteriores, a partir de 2017 o Enem não pode ser mais utilizado como certificação de conclusão do Ensino Médio.  Esse papel voltou a ser exercido pelo Encceja, que prevê a certificação no nível de conclusão do Ensino Fundamental e Ensino Médio. Nos presídios administrados pela Secretaria da Administração Penitenciária (SAP), 11.037 presos farão as provas do Encceja para certificação do Ensino Fundamental e 10.993, para certificação do Ensino Médio.

Na Baixada Santista, 230 presos farão o Encceja para a certificação de Ensino Fundamental e 192, para a certificação de Ensino Médio.

Para a preparação deste ano, a maioria das unidades prisionais participantes tem grupos de estudo coordenados por monitores da Fundação “Prof. Dr. Manoel Pedro Pimentel” (Funap) e por professores das escolas vinculadas – desde 2013 o ensino nos presídios é oferecido por professores da rede pública, por meio de parceria com a Secretaria de Estado da Educação. Atualmente, mais de 35 mil presos estudam entre o ensino formal e não formal (cursos profissionalizantes, extracurriculares, atividades complementares) em todo o Estado.