Aloysio diz que fala de Padilha sobre desembarque tucano foi mal interpretada

Mesmo com a iminência do desembarque do PSDB do governo, a expectativa é de que o chanceler fique no cargo, como cota pessoal de Temer

30 NOV 2017 • POR • 15h03
Aloysio Nunes deve parmenecer no cargo, como cota pessoal de Temer - Arquivo DL

O tucano Aloysio Nunes, ministro das Relações Exteriores, disse nesta quinta-feira (30) que as declarações feitas na véspera por Eliseu Padilha (Casa Civil) foram mal interpretadas e que o PSDB mantém o apoio ao governo de Michel Temer.

"O PSDB não faz parte da base do governo, o PSDB apoia o governo, não rompeu com o governo. Participação do governo ou não é uma decisão do presidente", disse Aloysio.

Mesmo com a iminência do desembarque do PSDB do governo, a expectativa é de que o chanceler fique no cargo, como cota pessoal de Temer.

Na quarta-feira (30) Padilha afirmou que o PSDB "não está mais na base de sustentação do governo".
A fala ocorreu um dia depois de o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, ter defendido o desembarque.

Alckmin deve assumir a presidência do PSDB no próximo dia 9, para quando está marcada a convenção do partido. Ele também é o favorito da legenda para concorrer ao Palácio do Planalto em 2018.

O PSDB ocupa atualmente três ministérios. Além de Relações Exteriores, a pasta da Secretaria de Governo (Antonio Imbassahy) e Direitos Humanos (Luislinda Valois).

A expectativa é de que Imbassahy anuncie nos próximos dias que deixará o cargo, movimento que deve ser seguido por Luislinda. A reportagem apurou que a declaração de Padilha foi feita para "acelerar" o desembarque, já dado como certo.