Interdição do Teatro Coliseu completa um ano

Os passeios públicos seguem bloqueados para o acesso de pedestres mediante o risco de outras quedas

4 NOV 2017 • POR • 10h00
A interdição nas calçadas completa seu primeiro aniversário - Rodrigo Montaldi/DL

A interdição nas calçadas das ruas Braz Cubas e Amador Bueno, no entorno do Teatro Coliseu, completa seu primeiro aniversário hoje. Isoladas desde o dia 4 de novembro de 2016 – após a queda de uma placa do topo do imóvel – os passeios públicos seguem bloqueados para o acesso de pedestres mediante o risco de outras quedas.

Uma vistoria realizada alguns dias após a ocorrência apontou risco de queda em outros nove painéis, que foram retirados. Um beiral com rachaduras severas também foi içado na área frontal da fachada do teatro.

Ao longo desses dozes meses, a Administração santista se limitou a dizer que o projeto para recuperação da fachada do Coliseu está sendo elaborado pelo arquiteto Nelson Gonçalves, da Secretaria de Governo (Segov), responsável pelo restauro do Teatro, entregue em 2006.

A estimativa é que o estudo, complexo por tratar-se de equipamento histórico, fique pronto este mês, quando será encaminhado à Secretaria de Infraestrutura e Edificações. A pasta será responsável pelo levantamento dos custos e captação de recursos junto ao Dadetur, para execução da obra. A previsão é que os serviços tenham início em abril de 2018.

A Administração afirma que a calçada defronte ao Teatro Coliseu, tanto na Rua Braz Cubas como na Rua Amador Bueno, permanecerá interditada até que não haja mais a possibilidade de desprendimento de partes do reboco. A interdição total do passeio é exceção prevista na legislação municipal para recuperação de fachadas de prédios históricos, com passeios estreitos.

Aniversário

365 dias se passaram desde a queda de parte do reboco da fachada externa do teatro. Com medidas paliativas para evitar transtornos maiores, Prefeitura ainda não tem data para solucionar o problema.

Calçadas para sempre interditadas

Quem transita há anos pelo Centro de Santos já se acostumou com o fato da confluência das ruas Brás Cubas e Amador Bueno estar constantemente interditada. Desde o seu nascimento o Diário do Litoral acompanha de perto a situação.

2002

Com o teatro em obras, as calçadas de ambas as ruas ficaram interditadas por anos. A previsão era que o equipamento fosse aberto ao público até novembro de 2002, mas a reforma se estendeu por mais de dez anos.

2012

Fechado para manutenção, as calçadas do teatro foram interditadas paras ajustes da equipe técnica na fachada externa. Espaço ficou inoperante de 1996 a 2006 e passou por nova manutenção anos depois por conta de infiltrações.

2016

Uma placa de um metro quadrado que ficava no topo do imóvel se soltou e ficou destruída na calçada. Vistoria posterior culminou com a retirada de outras nove placas, além da sustentação de um beiral que ameaçava cair.