PM acusado de matar Ricardo Joaquim é absolvido

A sentença foi lida por volta das 23h30 desta sexta-feira (20) no Fórum da Barra Funda, na capital paulista

20 OUT 2017 • POR • 23h53
O ex-secretário de Governo de Guarujá foi executado em 2012, durante uma reunião política - Arquivo/DL

O policial militar Anderson Willians da Silva, acusado de matar o ex-secretário de Governo de Guarujá Ricardo Joaquim, foi absolvido no final da noite desta sexta-feira (20). Cinco anos após o crime, é a primeira sentença do caso, que tem outros três réus, que ainda aguardam julgamento.

Silva, que respondeu ao processo preso preventivamente, teve o alvará de soltura cumprido após o julgamento. 

“Foram obtidas duas absolvições hoje (ontem). A do Anderson Willians e do Ricardo Joaquim. Foi provado aqui (no plenário) que o Ricardo Joaquim era uma pessoa honesta e foi provado que o Anderson Willians não cometeu o crime. Todos os votos que foram abertos, na totalidade, 100%, foram para a defesa, para a absolvição”, disse o advogado do PM, Alex Sandro Ochsendorf. 

O júri do policial, no Fórum da Barra Funda, na capital paulista, durou três dias. Nesta sexta, Silva foi interrogado por cerca de três horas. Ele negou qualquer tipo de envolvimento no homicídio e disse que estava em um supermercado em Praia Grande com a mulher no momento do crime, na noite de 8 de março de 2012.

Os debates entre a defesa e a acusação ocorreram entre a tarde e a noite, tendo réplica e tréplica.  

Na quinta-feira, foram ouvidas ontem três testemunhas de defesa: o perito particular contratado, Domingos Tocchetto, a mulher do policial e uma amiga dela.

A esposa sustentou que Anderson estava com ela em um supermercado. A amiga dela confirmou a ida do casal ao estabelecimento.

No primeiro dia do julgamento, foram ouvidos o delegado Luiz Ricardo de Lara Dias Júnior, que presidiu o inquérito policial, o investigador Paulo Carvalhal e uma testemunha protegida.

Apuração

Segundo a denúncia do MPE, que teve como base o inquérito do 1º Distrito Policial de Guarujá, Silva cometeu o delito com cobertura do ex-PM George de Almeida. O crime ocorreu durante uma reunião política em Vicente de Carvalho e, conforme a investigação, foi cometido a mando dos empresários Felício Bragante e Edis Vedovatti.

O ex-PM, que responde preso, e os empresários, soltos, também negam o crime.