Área industrial da Alemoa, em Santos, pede socorro

Além de estarem tomadas por buracos, entulho e mato, as calçadas também são ocupadas por caminhões

16 OUT 2017 • POR • 11h02
O bairro Alemoa acumula problemas de infraestrutura - Rodrigo Montaldi/DL

O local que concentra parte da riqueza de Santos pede socorro: abrigando  30 terminais rodoviários da Margem Direita do Porto de Santos, o bairro Alemoa acumula problemas de infraestrutura. A situação preocupa quem transita pela área. Pessoas como o jovem Welison da Silva, morador da Vila dos Pescadores e que há poucos dias conseguiu uma recolocação no mercado de trabalho em uma das empresas da região.

“Como o ônibus não entra aqui nessa área e eu moro relativamente perto, decidi vir de bicicleta. Mas me assusto, pois alguns caminhoneiros não estão preocupados em cumprir as leis de trânsito e avançam. É preciso pedalar tomando o máximo de cuidado”, conta.

Se a situação é complicada para quem usa a bicicleta para de locomover, ela não é diferente para aqueles que trafegam a pé até a Rodovia Anchieta para tomar uma condução. O munícipe Ronaldo Rodrigues usou o espaço ‘Post Impresso’ para reclamar da situação.

“Muita gente trabalha ali, não tem calçada para andar. Temos que andar pelas ruas. Quem trabalha lá, como eu, tem que andar no meio dos caminhões. A grama na calçada está na altura da canela na lateral da Prodesan, sem contar os assaltos que acontecem todos os dias. Descaso total”, comentou.

Em visita ao espaço, a reportagem do Diário encontrou exatamente o cenário descrito por  Ronaldo. Além de estarem tomadas por buracos, entulho e mato, as calçadas também são ocupadas por caminhões, que estacionam de maneira irregular no local. Filas duplas e excesso de velocidade também são problemas recorrentes, flagrados por diversas vezes durante nossa visita à região.

Na Rua Doutor Alberto Schwedtzer um bueiro de águas pluviais está sem tampa, revelando um buraco de mais de um metro de profundidade. Já na Rua Aprovada Novecentos e Sessenta e Dois fios estão soltos em contato direto com uma poça de água parada. Em todas as ruas a reportagem encontrou carroças de caminhões abandonadas.

Prefeitura afirma que buscará soluções

A Prefeitura de Santos informou, por meio da Secretaria de Segurança Pública, que já entrou em contato com a Polícia Militar e está realizando o patrulhamento na região.

Destacou ainda que a CET monitora constante a região, a fim de organizar o trânsito de veículos no bairro, sobretudo de caminhões. Neste ano, 200 infrações foram anotadas pela CET e Polícia Militar aos condutores de caminhões na Rua Alfredo das Neves, além de outras 362 na Rua Alberto Schwedtzer.

Sobre as calçadas repletas de entulho, buracos e mato, principalmente a da Prodesan, a Secretaria de Serviços Públicos informa que a capinação do bairro está agendada para a semana do dia 30 de outubro a 03 de novembro. Com relação às calçadas, a Secretaria de Infraestrutura e Edificações informa que irá até o local para verificar a situação e tomar as devidas providências. O proprietário do imóvel com calçada quebrada será intimado a executar o reparo no prazo de 30 dias.

A Seserp também tampará o bueiro citado nesta semana e se faltar tampas, irá sinalizar o local para garantir a segurança do local até que o material esteja disponível.

Com relação ao transporte coletivo, A Administração afirma que já houve tentativa de implementar nova linha na região, porém sem sucesso, uma vez que os veículos ficavam retidos em razão do trânsito intenso de caminhões. Os próprios usuários, na época, optaram por não utilizar a linha que servia o bairro devido a falta de regularidade horária da mesma. Por isso, praticamente todas as empresas instaladas no bairro fornecem transporte privado aos seus funcionários.