Após nove anos, Anvisa proíbe agrotóxico que causa câncer e Parkinson

O agrotóxico já é banido em várias partes do mundo há anos por ser considerado prejudicial à saúde de lavradores e consumidores, mas continuou sendo usado no Brasil

23 SET 2017 • POR • 13h02
A Anvisa resolveu proibir a comercialização do herbicida Paraquat - Divulgação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resolveu proibir a comercialização do herbicida Paraquat. A decisão foi tomada na terça-feira, após reavaliação toxicológica do produto, que demorou nove anos para ser concluída. O agrotóxico já é banido em várias partes do mundo há anos por ser considerado prejudicial à saúde de lavradores e consumidores, mas continuou sendo usado no Brasil em plantações de feijão, milho, soja e cana.

Estudos científicos conduzidos por laboratórios estrangeiros e pela Fundação Osvaldo Cruz em 2009 já haviam concluído que o Paraquat provoca “aberrações cromossômicas” ao simples contato com a pele. Em outras palavras: o veneno usado para combater ervas daninhas induz à intoxicação aguda, mutações genéticas, desregulação endócrina, toxicidade reprodutiva, teratogênese, câncer e Mal de Parkinson.

Apesar de ser considerado “altamente tóxico” pela própria Anvisa, a agência fez a ressalva de que não há evidências que o herbicida deixe resíduo nos alimentos. Assim, os fabricantes do veneno poderão comercializar seu estoque até o fim e terão três anos para apresentar contraprovas capazes de convencer a Anvisa a rever sua decisão.

Em nota, a Anvisa argumentou que concedeu esse prazo de três anos para “minimizar os altos impactos econômicos, agronômicos e ambientais da medida, considerando, principalmente, a alta eficiência do produto, seu baixo custo, sua característica de não causar resistência em ervas daninhas”.

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