Ética no esporte

24 SET 2017 • POR • 16h30

Na última semana, falamos aqui sobre o aniversário de 1 ano da minha medalha de prata paralímpica. Mesmo não querendo abordar minha carreira, poderia usar o tema como algo inspirador, falar sobre trabalho duro, e resiliência, essenciais para minha conquista.

Neste final de semana, o esporte mais popular do mundo, o futebol, me apresentou uma cena que não é novidade, pois coisas do tipo, no esporte bretão, acorrem quase que semanalmente. Assistindo Corinthians e Vasco, pude presenciar meu time de coração vencer com um gol irregular, claramente irregular. Não pretendo escrever sobre futebol, acho que já existe material demais sobre o tema na mídia, escrito por jornalistas e especialistas, muito mais preparados do que eu.

O que ocorre, é que, desta vez, fiquei pensando que o esporte, que envolve as maiores cifras em dinheiro, tem maior audiência e relevância nacional, e mundial inclusive, que permita um erro desse tipo. Hoje temos recursos de televisão, capazes de sanar dúvidas em segundos. O jogador envolvido, deveria reconhecer que errou, não querer a vitória às custas de uma atitude que passa uma mensagem péssima para a sociedade. Infringiu uma regra do jogo, mas se o arbitro não viu, tudo bem.

Isso se apresenta também, no caso do atleta que esta dopado, que utiliza e algum recurso ilícito para melhorar a performance e trapacear. No esporte paralímpico, em que os atletas são divididos em classes, ou categorias, e disputam suas provas com atletas em grau de funcionalidade, a princípio igual ou muito próxima, também existem casos de trapaça na classificação, para competir contra atletas com maior grau de comprometimento. Todos esses são fatos que refletem a falta de ética no esporte.

O futebol, assim como, o esporte em geral, seus atletas e profissionais envolvidos, poderiam contribuir muito mais com, adequações simples para auxiliar a arbitragem, e a valorização e encorajamento da conduta correta. Acredito que essa pode ser uma ferramenta importante, já que, em muitos outros segmentos, um bom, ou mau exemplo, não tem tanta audiência quanto um clássico do futebol.