Metalúrgicos se mobilizam contra reforma trabalhista

‘Brasil Metalúrgico’ é o nome da campanha nacional lançada pela categoria para esclarecimentos sobre a reforma trabalhista

13 SET 2017 • POR • 12h30
O plano de saúde dos aposentados é outro grande problema enfrentado pelo sindicato, o que virou briga jurídica. Segundo Gato, há um reajuste abusivo desde 2011 - Rodrigo Montaldi/DL

Uma campanha nacional metalúrgica em todo País, denominada “Brasil Metalúrgico” está mobilizando a categoria para esclarecimentos sobre a reforma trabalhista e as novas leis do setor. Uma mobilização nacional está prevista para esta quinta-feira.

A informação é de Claudinei Gato, presidente do Sindicato dos Siderúrgicos e Metalúrgicos de Santos e Região. “Nossa intenção é melhorar nossas convenções coletivas, além de termos que discutir muitas outras coisas que estão na nova lei”, diz o sindicalista.

E prossegue: “Como a nova lei prevê que o negociado vai valer sobre o legislado, temos que orientar e esclarecer a categoria sobre a importância em se fazer uma boa convenção ou acordo coletivo. A nossa, de Santos, por exemplo, existe há vinte anos”.

Mercado de trabalho

O presidente do metalúrgicos diz que a categoria perdeu mais de 5 mil postos de trabalho nos últimos dois anos. “Nossa base hoje tem 12 mil trabalhadores, houve redução devido à crise da Usiminas, pois muitas empresas médias e pequenas acabaram fechando, mediante efeito dominó”.

Outra briga jurídica do sindicato e Usiminas envolve o plano de saúde dos aposentados, que vem desde 2011. “ Naquele ano a empresa reajustou abusivamente o plano de saúde dos aposentados (Cosaúde) em 58,9%, obrigando a categoria a migrar para o plano da ativa (Usasaúde)”.

O sindicalista conclui: “O sindicato recorreu à justiça.  Em setembro de 2016 houve decisão judicial sobre essa abusividade de reajuste e a empresa terá que devolver mais de R$ 11 milhões aos aposentados, segundo cálculo da própria Usiminas, mas a empresa recorreu aos tribunais superiores em Brasília e estamos aguardando a nova decisão dos ministros”.