A cidade como palco e cenário: o ‘Final da Tarde’ de Fortaleza

Teatro de Caretas chega a Santos propondo uma reflexão sobre os limites da cidade e as interações com o público

7 SET 2017 • POR • 10h30
Peça retrata a história de uma mãe, seu filho e seu marido que invade o dia a dia da cidade no instante cotidiano; objetivo é aflorar o pensamento crítico - Marina Cavalcante

Desenvolvido em um laboratório de pesquisa teatral, ‘Final da Tarde’, do grupo Teatro de Caretas chega a Santos hoje partindo dos conceitos ‘cidade como dramaturgia’ e de ‘teatro ambiental’ para propor uma experimentação de procedimentos de interpretação teatral na rua.

O espetáculo se baseia em uma experiência diferente de teatro de rua, tanto na relação entre ator e público como na relação com a cidade. O espetáculo propõe uma experiência de atuação cênica baseada no detalhe da interpretação, onde proximidade e intimidade entre transeuntes e atores são os elementos centrais.

Um aspecto importante é que os espectadores não são previamente informados da peça. Não há palco nem formalidades de início e fim. A história é a de uma mãe, seu filho e seu marido que invade o dia a dia da cidade no instante cotidiano.

O Teatro de Caretas tem como foco a pesquisa de linguagem cênica baseado nos processos de criação em grupo. O objetivo é ir ao encontro das pessoas e aflorar um pensamento critico, transformando o olhar sobre o papel social de cada cidadão no ambiente onde ele está inserido na sociedade.

Poesias

Aproximando dança e poesia, “Percursos poéticos” convida o público a compor e recompor poemas em palavras, linhas, movimentos e sonoridades que ocupam e transformam espaços públicos.

Negrinha

Baseado no conto homônimo de Monteiro Lobato, trata da história de uma criança órfã nascida na senzala, que não tem nome e é chamada de Negrinha, em alusão à cor de sua pele. Relatando situações de maus tratos e humilhações, denuncia um Brasil preconceituoso, que mantém preconceitos e segregações ainda nos dias de hoje.

Jambu

Quais os limites da liberdade de expressão? Quem a define? Qual a régua que a mede? Vivemos o tempo da desinformação, da fake news, do lacre, de passeata nazista, da perda de pudores das estruturas de poder. Questionando essa realidade, Jambu entra em cena hoje  em frente ao Museu Pelé.