Estrutura que fará operação de remoção dos cilindros é preparada

Codesp aguarda autorização da Marinha para realizar ação de transporte dos gases até o alto-mar

16 AGO 2017 • POR • 11h00
Segundo a Codesp, a operação só poderá ser iniciada após o aval da Capitania dos Portos de São Paulo , porém o prazo para que isso aconteça ainda não foi informado - Matheus Tagé/DL

A estrutura da operação que levará os cilindros armazenados no Armazém 10 para o alto-mar começou a ser preparada pela empresa Suatrans, Atendimento Emergencial, na tarde de ontem, no Valongo, em Santos. As embarcações que farão o transporte e os equipamentos que serão usados já estão no local e passam por vistoria da Marinha.

Segundo a assessoria da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a operação só poderá ser iniciada após o aval da Capitania dos Portos de São Paulo (CPSP), porém o prazo para que isso aconteça ainda não foi informado. 

A previsão é de que os gases sejam levados a, pelo menos, 232 quilômetros da costa para serem destruídos, se possível, ainda hoje. A distância visa garantir a segurança da operação. Além disso, o espaço marítimo e aéreo deverão ser isolados em um raio de cinco quilômetros.

No total há 115 cilindros - sete contém substâncias explosivas e 108, gases inflamáveis. Por conta disso, a destruição será feita conforme o produto armazenado. De acordo com o Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente (Gaema) do Ministério Público Estadual, 15 cilindros contém diborano, 41 estão carregados com silano, 34 com fosfina, 16 com cloreto de hidrogênio, oito com diazometano e um com trifluoreto de boro.

O plano diz que a operação para os gases explosivos (diborano e diazometano) será feita à distância, com acionamento remoto. Para o silano, foi construído um reator, que será usado na destruição. Há também um sistema de lavagem de gás para o cloreto de hidrogênio e trifluoreto de boro. Já a fosfina será destruída mediante pirolise, um fenômeno de destruição térmica.

Segurança

As autoridades envolvidas afirmaram que todas as medidas de segurança possíveis foram tomadas e que a população de Santos pode ficar ­tranquila. 

Garantiram também que há uma equipe de vigilância em todas as entradas do armazém, além de uma equipe de emergência em ­prontidão.