Acusado de matar a menina Carla é procurado desde março

Primeira ordem de prisão contra Renato Mariano, de 38 anos, foi expedida em 13 de março pela Vara do Júri de Santos

10 AGO 2017 • POR • 19h32
Renato Mariano, de 38 anos, fugiu após pedir vale de R$ 100,00 no depósito de materiais recicláveis em que trabalhava - Divulgação/Polícia Civil

Acusado de matar a menina Carla Roberta Barbosa, a Carlinha, de 9 anos, em 29 de janeiro, o catador de materiais recicláveis e ex-presidiário Renato Mariano, de 38 anos, teve seu primeiro mandado de prisão decretado em 13 de março na investigação do caso. A informação consta no processo que tramita na Vara do Júri de Santos, em que ele foi denunciado pelos crimes de homicídio, estupro e ocultação de cadáver. O paradeiro do acusado ainda é um mistério e a recompensa por informações que levem a seu paradeiro é de R$ 50 mil. 

Em março, para a Polícia Civil, Mariano já era considerado o principal suspeito pelo crime, ocorrido na região central da cidade. Ao decretar a prisão temporária por 30 dias, o juiz Edmundo Lellis Filho considerou como fatos suspeitos a mudança de aparência do homem apurada pelos policiais e ele ter retirado um vale de R$ 100,00 no depósito de materiais recicláveis em que trabalhava. Um antecedente criminal por ter atacado sexualmente a ex-mulher em dezembro de 2016 também foi levado em conta pelo magistrado.

Em 28 de abril, diante do sumiço do suspeito, um novo mandado de prisão temporária por 30 dias foi expedido pela Justiça.

Com a conclusão das investigações do Setor de Homicídios da Delegacia Especializada Antissequestro de Santos (Deas) e a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) contra o acusado, a Justiça decretou em 30 de junho a prisão preventiva.

Diante da ausência de informações precisas sobre o paradeiro Mariano apesar das diligências da Polícia Civil, a Secretaria da Segurança Pública (SSP) colocou o caso no Programa Estadual de Recompensas e estipulou a quantia de R$ 50 mil para informações que levem à captura.

A resolução foi publicada no Diário Oficial do Estado em 4 de agosto.

Quem tiver informações sobre o paradeiro de Mariano deve entrar no site do WebDenúncia. Ao final do processo, o denunciante recebe um número de protocolo e uma senha para que acompanhe anonimamente o uso de sua informação.

Outras prisões

No processo que apura o crime, consta que dois homens e uma mulher chegaram a ser presos temporariamente durante as investigações e foram soltos pela ausência de indícios de participação.

O crime

Conforme concluiu a polícia, Mariano estuprou e matou a menina, mediante asfixia, no cortiço onde ele morava, na Rua Amador Bueno, próximo à habitação coletiva onde a criança residia. Depois do crime, ainda conforme a investigação, ele a levou em um carrinho até a Rua Constituição, próximo ao cais, onde abandonou o corpo. 

Imagens de 45 câmeras de monitoramento foram analisadas até os policiais chegarem a um a cena em que a menina aparece entrando no cortiço, o que deu início ao esclarecimento do caso.

No local os policiais encontraram bonecos de pelúcia e objetos do ex-presidiário, que posteriormente foram submetidos a exame de DNA e tiveram comparação positiva com o material genético coletado nas partes íntimas da menina.