Número de pedestres vítimas de acidentes cresce 23% em SP

As avenidas Senador Teotônio Vilela e Dona Belmira Marin são as recordistas em mortes por atropelamento

9 AGO 2017 • POR • 11h33
Iluminação, qualidade das calçadas e o tempo de travessia nos semáforos são exemplos dos desafios de quem anda a pé na Capital; ontem foi celebrado o Dia Mundial do Pedestre - Flavio Sucesso/Foto arena/Folhapress

O número de pedestres vítimas de acidentes de trânsito na cidade de São Paulo cresceu 23% no primeiro semestre de 2017, na comparação com o mesmo período do ano passado. Foram 224 casos entre os meses de janeiro e junho, contra 182 em 2016. Ontem foi comemorado o Dia Mundial do Pedestre.

Os dados são do Infosiga SP, banco de dados do Movimento Paulista de Segurança no Trânsito.

Os atropelamentos são a maior causa de mortalidade no trânsito da capital paulista. Em 2016 eles representaram quase um quarto de todos os casos com vítimas, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). Dos 16.052 acidentes, 3.777 foram deste tipo, com 4.134 vítimas. Neste ano já foram registrados 482 óbitos.

Mal sinalizadas, as vias recordistas em mortes por atropelamento da cidade são a Avenida Senador Teotônio Vilela, e sua continuação, a Avenida Dona Belmira Marin, que ligam os bairros Interlagos ao Grajaú, na zona sul. No último ano foram registradas 27 vítimas no local, das quais 12 morreram.

No Estado, apesar do número de mortes ter recuado 3,8%, as fatalidades com pedestres aumentaram 7,2%. Esse tipo de acidente representou 28,4% dos óbitos, atrás apenas dos casos com motociclistas (33,5%). Uma a cada três vítimas atropeladas (34%) tem mais de 60 anos. Mais da metade (56,9%) das ocorrências aconteceu em vias municipais, predominantemente à noite (57%).

Dia do Pedestre. Celebrado nesta terça-feira, 8 de agosto, o Dia Mundial do Pedestre relembra os desafios de quem transita a pé por São Paulo. Iluminação, qualidade das calçadas e o tempo de travessia nos semáforos são apenas alguns exemplos.

Em junho, o prefeito João Doria (PSDB) sancionou o Estatuto do Pedestre para fazer valer os direitos de 31% da população da Região Metropolitana de São Paulo que utiliza a caminhada como forma de
locomoção.

A medida prevê o investimento fixo de um terço das receitas vindas do Fundurb (Fundo de Desenvolvimento Urbano) e que operações urbanas e concessões urbanísticas priorizem as viagens
a pé. (Gazeta de São Paulo)