Sindicato de jogadores quer que União Europeia investigue venda de Neymar

Para a FIFPro, a quantidade de dinheiro envolvida em transferências do futebol afeta a competitividade do esporte

4 AGO 2017 • POR • 22h30
Neymar foi apresentado nesta sexta-feira (04) pelo PSG - C. Gavelle/PSG

A FiFPro, entidade que reúne sindicatos de atletas de futebol ao redor do mundo, pediu nesta sexta-feira (4) que a União Europeia investigue a venda de Neymar do Barcelona (ESP) para o Paris Saint-Germain (FRA) por 220 milhões de euros (R$ 815 milhões).

É a maior negociação da história do futebol. Para a FIFPro, a quantidade de dinheiro envolvida em transferências do futebol afeta a competitividade do esporte.

O Barcelona já havia avisado que reclamaria formalmente, mas à Uefa, órgão que regula o futebol no continente. O PSG não estaria respeitando o Fair Play financeiro, legislação que determina que os clubes não podem gastar mais do que arrecadam em contratações.

"A enorme riqueza do futebol está presa, mostram pesquisas, dentro de poucas ligas e clubes, quando poderia ser redistribuída de maneira mais eficiente e justa para ajudar a proteger a competitividade, que é um dos objetivos principais do sistema de transferências. As regras administradas pela Fifa não são competitivas, são injustas e ilegais", defende o comunicado, assinado pelo secretário-geral, Theo van Seggelen.

O chairman [espécie de presidente] do PSG, o qatari Nasser Al-Khelaifi, disse não estar preocupado com qualquer investigação e que as negociações realizadas pelo clube francês buscam a "transparência".

"Os que estão pensando na questão financeira podem ir tomar um café e ficarem tranquilos", disse o dirigente durante a apresentação do atacante brasileiro.