Maré alta prejudica travessia da balsa e fecha canal do Porto de Santos

Ressaca alagou as ruas da Ponta da Praia e da Zona Noroeste; tempo de espera para travessia ultrapassou uma hora em ambos os lados

18 JUL 2017 • POR • 19h36
O mar ficou agitado e as ondas registraram 1,84 metro no início da tarde - Matheus Tagé/DL

A força e a altura das ondas trouxeram problemas na travessia de balsas e na navegação santista nesta terça-feira. A forte ressaca que atingiu a Ponta da Praia e a Zona Noroeste também provocou alagamentos. O mar ficou agitado e as ondas registraram 1,84 metro no início da tarde. Por volta das 7h, a Praticagem de Santos chegou a registrar ondas de 3,78 metros, número recorde do ano.

De acordo com a Dersa, a travessia de balsas Santos/Guarujá sofreu com a influência da força da correnteza e da altura da maré, o que dificultou as manobras de atracação. Por esse motivo, a travessia operou de forma mais lenta e com menos balsas, provocando umas espera de mais de uma hora em ambos os lados.

Devido às condições do mar, o canal do Porto de Santos precisou ser fechado por volta das 8h, quando os ventos alcançaram mais de 40 km/h. A Marinha registrou também o deslocamento da boia 1 de sinalização do porto, que se desprendeu e encalhou na praia do Boqueirão pela manhã. Outra boia será colocada na posição pelo Codesp assim que as condições do mar permitirem. Até o fechamento desta reportagem, o Canal permanecia fechado.

Por conta de ressaca da maré, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) bloqueou a pista da Avenida Bartolomeu de Gusmão, sentido Ponta da Praia, entre a Avenida Coronel Joaquim Montenegro (canal 6) e a Rua Carlos de Campos.

O pico aconteceu às 12h, quando a água do mar invadiu as vias da Ponta da Praia. Dezenas de pessoas ocuparam o calçadão para acompanhar a quebra das ondas. Alguns carros também estacionaram para fazer imagens.

Morador de Santos há mais de 40 anos, Fernando Matos aproveitou  para registrar e cena. “É bonito e assustador. Antigamente esse trecho tinha uma faixa de areia grande e hoje praticamente desapareceu. Estamos no espaço da natureza e ainda não sabemos o que significa essa ocupação”, conta.

Ruas ficaram alagadas na Zona Noroeste

Na Zona Noroeste, diversas vias ficaram alagadas. As cheias tiveram início também ao meio-dia. O cenário é comum diante das altas das marés.

As ruas Francisco de Domenico com a Rua José de Moraes no Rádio Clube e a Rua Flor Horácio Cyrillo no Castelo ficaram intransitáveis devido ao alagamento. Outras ruas ficaram parcialmente alagadas, mas sem interdição.