Maia diz que não pode ficar satisfeito só com reforma trabalhista

'Precisamos ter muita tranquilidade e prudência neste momento. Em vez de potencializar, precisamos ajudar o Brasil a sair da crise', disse

7 JUL 2017 • POR • 17h30
Se Temer cair, haverá eleições indiretas e o próximo presidente é escolhido pelo Congresso. Hoje, Maia é o nome mais forte - Antonio Augusto / Câmara dos Deputados

Sucessor de Michel Temer na Presidência da República caso ele seja afastado do cargo, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), disse nesta sexta-feira (7) que é preciso "tranquilidade" para sair da crise e que não pode ficar satisfeito "apenas" com a reforma trabalhista.

"Precisamos ter muita tranquilidade e prudência neste momento. Em vez de potencializar, precisamos ajudar o Brasil a sair da crise", disse Maia em sua conta no Twitter.

"Temos que estabelecer o mais rápido possível a agenda da Câmara dos Deputados. Não podemos estar satisfeitos apenas com a reforma trabalhista. Temos Previdência, tributária e mudanças na legislação de segurança pública", escreveu o presidente da Câmara, que está em missão oficial na Argentina.

Em caso de afastamento de Temer do cargo por causa por uma eventual aceitação da denúncia contra ele apresentada pela Procuradoria-Geral da República, é Maia quem assume o Palácio do Planalto por até seis meses.

Se Temer cair, haverá eleições indiretas e o próximo presidente é escolhido pelo Congresso. Hoje, Maia é o nome mais forte.

Embora o presidente da Câmara tenha procurado manter a discrição e evitado dar sinais de interesse no cargo pra não ser tachado de conspirador, aliados de Maia já discutem a sucessão.

Rodrigo Maia, por sua vez, tem dado sinais de afastamento de Temer.