Sabesp e moradores entram em acordo em Santos

Cada uma das 75 famílias pagará tarifa Social de R$ 15,18 por cada 10 metros cúbicos de água. Um morador arrecadará os valores

6 JUL 2017 • POR • 10h30
O reestabelecimento da água deverá ocorrer nas próximas 48 horas, após assembleia para definir o responsável pelo acordo - Rodrigo Montaldi/DL

As cerca de 75 famílias que moram no prédio da antiga Casa de Saúde Anchieta, na Vila Belmiro, conseguiram ontem firmar um acordo com a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Cada morador irá pagar a tarifa social de R$ 15,18 por cada 10 metros cúbicos de água. A decisão foi tomada na reunião de ontem, com a direção da Sabesp, em que esteve presente a vereadora Telma de Souza (PT), acompanhada dos colegas de planário Fabrício Cardoso (PSB) e Fabiano Batista Reis, o Fabiano da Farmácia (PR).

O reestabelecimento do serviço deve ocorrer nas próximas 48 horas. Ontem à noite, os moradores, em assembleia, decidiram a titularidade da futura conta de água. Um morador vai fazer a cotização pra arrecadar e pagar a tarifa social. A dívida de R$ 60 mil será somente discutida após decisão judicial sobre quem pertence a titularidade do imóvel.

“Graças a Deus a Sabesp deu uma resposta positiva sobre minha proposta da tarifa social. Eu e Fabrício e Fabiano vamos continuar acompanhando para que o acordo não seja desfeito. Já temos o CPF de quem vai assumir o compromisso de pagar todo mês a conta.  Amanhã (hoje), voltaremos à Sabesp para nos certificarmos que o acordo foi estabelecido formalmente”, disse Telma animada, por telefone.            

Telma chegou a ingressar nas promotorias de Infância e Juventude e de Defesa do Consumidor com uma representação contra a Sabesp com objetivo de preservar o direito à água dos moradores. As famílias que habitam há 20 anos o imóvel estão quase um mês sem água. Telma pediu abertura de inquérito civil. O documento foi subscrito por Fabrício Cardoso e Fabiano da Farmácia.

Até ontem, os moradores não conseguiam regularizar a situação porque o imóvel está em nome de uma antiga proprietária e não possuem a declaração judicial de usucapião, portanto, impedidos de regularizar os débitos.

Após a reunião, a Assessoria de Imprensa da Sabesp informou que o corpo técnico está empenhado em encontrar a melhor solução dentro da legalidade para o caso e restabelecer o abastecimento o mais rápido possível.

A empresa confirmou a nomeação de um representante que ficará responsável pelas futuras contas da companhia e que a principal proposta da Sabesp também foi de enquadrar o imóvel dentro da Tarifa Social, para benefício de famílias de baixa renda, que corresponde a um terço da tarifa comum praticada pela empresa.