Ademário denuncia irregularidades em salários da Cursan

Levantamento teria apontado que a soma de salários dos 57 funcionários comissionados correspondia a 27% da folha de pagamento

21 JUN 2017 • POR • 10h00
Prefeito de Cubatão afirmou que irregularidades foram motivos para a inviabilidade financeira da empresa, que teve suas atividades encerradas há três meses - Matheus Tagé/DL

O prefeito de Cubatão, Ademário Oliveira (PSDB), afirmou ontem em coletiva de imprensa que a investigação que está sendo feita na Companhia Cubatense de Urbanização e Saneamento (Cursan) revelou que a soma de salários dos 57 funcionários comissionados da empresa correspondia a 27% da folha de pagamento.

De acordo com Ademário, este é o principal motivo para a inviabilidade financeira da empresa, que teve suas atividades encerradas há três meses.

A presidente do SindiLimpeza, Paloma Santos, questiona as informações transmitidas pelo prefeito. De acordo com ela, as irregularidades devem ser investigadas, mas isso não anula a responsabilidade da Administração com os 540 funcionários da ­empresa.

“A Prefeitura afirma que 200 pessoas já foram transferidas para as duas outras empresas contratadas sem licitação. Nós temos informações que foram apenas 135. Todos os outros funcionários estão parados, sem receber nada há dois meses, sequer a rescisão”, afirma­.

Paloma conta ainda que muitas famílias estão sem ter o que comer.

“Fazemos arrecadações de alimentos, mas muitos não tem como comprar botijões de gás. Outros foram despejados. A Prefeitura tem responsabilidade nessa situação e não basta apenas apontar o dedo para quem errou. A questão é que o problema precisa ser solucionado. O prefeito coloca panos quentes na situação, mas o fato é que mais de 400 famílias estão sem sustento e com o depósito do Fundo de Garantia atrasado há 42 meses. Isso precisa ser resolvido com urgência”, destaca.

Três instituições já estão habilitadas para administrar o hospital municipal

Na mesma coletiva o prefeito destacou que três instituições já se habilitaram a participar da licitação pública para escolha daquela que administrará o Hospital Municipal Luis Camargo da Fonseca e Silva, a partir de sua reabertura, em setembro, conforme prevê o cronograma fixado pela Prefeitura. São elas: Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), Fundação São Francisco Xavier e Sociedade Beneficente Caminho de Damasco.

O cronograma de reabertura do hospital prevê que, ainda este mês, seja lançado o edital de concorrência para escolha da entidade administradora. Em julho, haverá a divulgação do resultado da concorrência e em agosto será assinado e publicado o contrato, habilitando a entidade vencedora a reiniciar as atividades do hospital já no mês seguinte.

A escolha da nova gestora do hospital será feita utilizando-se o mecanismo das Parcerias Público Privadas (PPP), com a diferença de que a parceria com a Prefeitura exige que a organização contratada não tenha finalidades lucrativas e conte com habilitação técnica para administração hospitalar.

Para viabilizar a reabertura, haverá um investimento inicial, a cargo da  entidade parceira, no valor de R$ 6 milhões, para readequação sanitária, infraestrutura, mobiliário, equipamentos e toda a tecnologia de informação.