Peruíbe recicla menos de 0,5% do lixo produzido na cidade

Apenas duas mulheres trabalham no amplo Centro de Triagem de Resíduos Sólidos no Caraguava

17 JUN 2017 • POR • 08h00
Um dos ecopontos de Mongaguá possui estrutura precária; Prefeitura afirma que seguirá determinações do futuro plano metropolitano de resíduos sólidos - Rodrigo Montaldi/DL

Um galpão amplo, mas com problemas estruturais significativos e que não cumpre de forma plena sua função: esse é o cenário da Associação de Recicladores Garça Vermelha, em Peruíbe. O espaço de 300 m² do Centro de Triagem de Resíduos Sólidos foi recentemente entregue pelo governo do Estado.

“Temos um espaço bom, mas como o caminhão da Prefeitura só passa quarta e sábado o que conseguimos reciclar é muito pouco. Por esse motivo precisei dispensar alguns funcionários e hoje toco o espaço apenas com o auxílio de uma ajudante”, conta Maria da Conceição.

Aos 70 anos, ela é quem coordena a cooperativa, regularizada recentemente. O local possui apenas uma balança, que está desregulada. De acordo com Maria, a Administração ficou de solucionar o problema para que o serviço possa continuar. Ela vende o quilo do papelão por R$0,40 e o de ferro por R$15.

Em nota a Prefeitura de Peruíbe confirmou que a coleta de resíduos sólidos domiciliares acontece quarta-feira e sábado. Mas destacou que nas terças e quintas um cata-treco recolhe grandes volumes. De acordo com a Administração, um caminhão com motorista e combustível auxilia nos trabalhos da cooperativa, que recicla aproximadamente cinco toneladas ao mês.

Mongaguá

O serviço de coleta de materiais recicláveis em Mongaguá é feito todo dia, com o serviço de cata-cata. Na medida em que são recolhidos materiais recicláveis, eles são levados para a cooperativa de reciclagem. A reportagem esteve no local, mas não notou movimentação. A Prefeitura diz que a cooperativa é autônoma e está passando por reestruturação.

Destaca ainda que fez o galpão, doou o prédio e garante infraestrutura para atuação no espaço.

A reportagem esteve também em um dos ecopontos da cidade e notou que o mesmo possui uma estrutura precária. De acordo com a Administração, está sendo elaborado um plano metropolitano de resíduos sólidos, que dará as diretrizes para as ações futuras.

Itanhaém. Em Itanhaém a coleta seletiva é feita porta a porta e em alguns locais com Pontos de Entrega Voluntária. Há apenas uma cooperativa credenciada com a Prefeitura: a CoopersolReciclando. É uma parceria em que a Administração dá todo apoio logístico para a realização do serviço de coleta seletiva.

Existem pontos de entrega de resíduos de construção civil, verdes e volumosos, que são os Pontos de Entrega Voluntária (PEVs), por meio de caçambas; e também os Locais de Entrega Voluntária (LEVs), voltados para materiais recicláveis. Ambos estão espalhados em diversos pontos da cidade, em trabalho que contou com a participação das Regionais, fazendo a instalação em pontos estratégicos para evitar o descarte irregular.

A Administração pretende implantar parcerias e cobrar o cumprimento de acordos setoriais para logística reversa a ser implementada por fabricantes, comerciantes e importadores.