Pai de jovem que fugiu de casa diz que quer ser ouvido pela polícia

Ele nega agressões contra a filha e a mulher e diz que 'estão fazendo uma tempestade em um copo d' água'

14 JUN 2017 • POR • 17h52
Rocha afirma que pretende voltar a morar com a jovem ao final da apuração do caso - Reprodução

Pai da estudante Gloria Maria de Souza Rocha e apontado por ela como autor de agressões físicas e psicológicas no ambiente familiar, o escritor Joselito Oliveira Rocha nega ter agredido tanto a adolescente como sua mulher, Maria José de Souza Franklin. Ele afirmou, por telefone, ao Diário do Litoral, que está à disposição para ser ouvido na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos. O depoimento deve ser marcado a partir da semana que vem, segundo a polícia. 

"Estão fazendo uma tempestade em um copo d'água", afirma o escritor, em referência à dimensão que o caso tomou devido às declarações de Gloria. Rocha afirma que suspeita de algumas hipóteses para a filha ter decidido sair de casa e diz que ela precisa passar por "tratamento psicológico".

O escritor diz estar muito abalado com situação e afirma que teme por sua integridade física. O temor, ainda segundo ele, o fez ir com a mulher para a capital paulista no domingo, onde ficou até terça-feira, quando retornou ao seu apartamento, na Avenida Presidente Wilson, no Gonzaga. Rocha afirma que pretende voltar a morar com a jovem ao final da apuração do caso. A jovem, entretanto, não quer mais voltar para casa e espera a prisão do pai.

Após as acusações de Glória, a Justiça deu, na noite de segunda-feira, a guarda provisória da adolescente para a irmã dela por parte de mãe, a comissária de bordo Erika Cristina Carballo.

Erika afirma que a irmã sofria em silêncio. “Ela não tinha para quem correr. Ele (Joselito) não deixava ela ter rede social, não deixava ela sair, não deixava ela ter amigos, ninguém podia frequentar a casa dela. Ele estava ameaçando a família dela, a vida dela, o círculo de pessoas que estava com ela, que ela gosta”, declarou Erika na última segunda-feira.

Apuração

Gloria foi ouvida na última segunda-feira (12) pelo promotor Carlos Alberto Carmello Júnior, da Vara da Infância e da Juventude, e na terça-feira (13) pela delegada Fernanda Santos Souza, titular da DDM de Santos. Por envolver uma adolescente, o caso segue sob sigilo.