Pais de estudante que fugiu de casa vão se apresentar à Polícia Civil

Advogado que representa o casal esteve na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) de Santos

13 JUN 2017 • POR • 18h07
Joselito Oliveira Rocha, de 40 anos, e Maria José de Souza Franklin, de 44 anos, não foram mais vistos desde o último domingo - Reprodução

Os pais da estudante Gloria Maria de Souza Rocha, que fugiu de casa devido a agressões, vão se apresentar à Polícia Civil. A informação foi prestada na Delegacia de Defesa da Mulher (DDM) pelo advogado que representa o casal, conforme apurou o Diário do Litoral. O casal não foi mais visto desde domingo (11).

O advogado acompanhou o depoimento de Gloria na delegacia especializada na tarde desta terça-feira (13). A jovem, ainda conforme apurou o Diário do Litoral, relatou que a última agressão física que sofreu do pai, o escritor Joselito Oliveira Rocha, de 40 anos, foi em 2016. Ela ainda disse que o estopim para sair de casa foi não suportar mais ver a mãe, Maria José de Souza Franklin, de 44 anos, sendo agredida fisicamente.

Sobre um chicote, a adolescente informou que já foi agredida com o objeto quando era bem mais nova. O caso segue sob segredo de Justiça.

Na segunda-feira (12), Gloria foi ouvida pelo promotor da Infância e da Juventude, Carlos Alberto Carmello Júnior, no Fórum de Santos.

A irmã dela, Erika Cristina Carballo de Oliveira, de 23 anos, relatou, em entrevista, que Gloria sofria em silêncio. Devido à fuga da irmã, Érica, moradora de Mongaguá, voltou a ter contato com ela após 16 anos. Joselito, pai adotivo de Erika, e a mãe perderam a guarda dela, quando tinha seis anos, devido a agressões.  

Segundo Erika, Gloria lhe contou que estava vivendo em um ambiente muito agressivo. “Ela não tinha para quem correr. Ele não deixava ela ter rede social, não deixava ela sair, não deixava ela ter amigos, ninguém podia frequentar a casa dela. Ele estava ameaçando a família dela, a vida dela, o círculo de pessoas que estava com ela, que ela gosta”, declarou Erika.