Frio faz Prefeitura de SP intensificar abordagem a moradores de rua

Para este domingo (11), a previsão é de mínima de 8°C, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências)

11 JUN 2017 • POR • 00h30
A Prefeitura de São Paulo intensificou a abordagem a moradores de rua diante das baixas temperaturas - Agência Brasil

A Prefeitura de São Paulo afirmou que intensificou a abordagem a moradores de rua diante das baixas temperaturas registradas neste sábado (10), quando a capital teve a madrugada mais fria do ano com média de 9,4°C. Para este domingo (11), a previsão é de mínima de 8°C, de acordo com o CGE (Centro de Gerenciamento de Emergências).

Agentes dos Centros Pop (Centros de Referência Especializado para População em Situação de Rua), Cras (Centros de Referência de Assistência Social) e Creas (Centros de Referência Especializados de Assistência Social) foram escalados para reforçar a atuação.

Por volta das 7h deste sábado, o morador de rua Cícero Sidnei foi encontrado morto na rua Fernandes Vieira, próximo à estação Belém do metrô, na zona leste.

O padre Julio Lancelotti, da Pastoral do Povo de Rua, afirmou em sua página em uma rede social que a morte foi causada pelo frio. O corpo está no IML (Instituto Médico Legal) onde passa por necropsia para ser definida a causa da morte.

Segundo a Smads (Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social), Sidnei foi abordado por assistentes sociais na sexta-feira (9), que o alertaram sobre a madrugada fria, mas ele se recusou a ir para um abrigo.

Na última madrugada, a pasta afirmou que foram atendidas 101 chamadas para acolhimento e que não registrou falta de vagas na rede com 84 centros de acolhida.

No caso de presenciar algum morador exposto ao frio, é possível avisar a prefeitura por meio do 156.

Morador de rua morre

Um homem em situação de rua morreu na madrugada deste sábado (10), a mais fria do ano na capital paulista. Segundo o padre Julio Lancelotti, coordenador da Pastoral do Povo de Rua, o homem foi encontrado pela manhã na rua Fernandes Vieira, no Belém (zona leste). O sacerdote cobrou a instalação de abrigos emergenciais na região. As informações são da Agência Brasil.

A Secretaria Municipal de Assistência e Desenvolvimento Social divulgou nota lamentando a morte do homem. O órgão negou falta de vagas na rede de centros de acolhida. "De ontem para hoje, recebemos 101 chamados para acolhimento, que foram prontamente atendidos", diz o comunicado.

Ainda de acordo com a secretaria, o caso está sob investigação e um laudo, com as causas da morte, será divulgado em 30 dias. A pasta fez um apelo à população para que comunique, por meio do telefone 156, a ocorrência de pessoas expostas ao frio, especialmente em bairros fora da região central.