Novo processo de transbordo deve amenizar impacto social em Praia Grande

Município tem projeto de remodelação da atual área que fica no interior do antigo lixão da Vila Sônia

8 JUN 2017 • POR • 08h00
Segundo o secretário de Serviços Urbanos, Katsu Ionamine, a ideia do novo transbordo é aumentar a coleta seletiva e oferecer às pessoas que vivem dos resíduos, uma nova oportunidade na cooperativa Copervida - Matheus Tagé/DL

Todos os dias 11 caminhões realizam o serviço de coleta de lixo domiciliar em Praia Grande. O município produz diariamente, em média, 300 toneladas desse tipo de resíduo. Durante a temporada o montante é de 500 toneladas. Nesse período, outros sete caminhões extras são destacados para auxiliar no trabalho.

O serviço de coleta domiciliar é realizado pelo consórcio Praia Grande Ambiental (PGA). O lixo é recolhido diariamente nos bairros de acordo com cronograma estipulado pela prefeitura. Os resíduos são encaminhados para área de transbordo localizada no antigo lixão da Vila Sônia, que está desativado e é monitorado pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). O material é transferido para carretas que de lá seguem para o aterro sanitário Sítio das Neves, na Área ­Continental de Santos.

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Praia Grande tem projeto de instalação de um novo transbordo no mesmo local. A ideia é murar o equipamento e aproveitar a estrutura atual. “O caminhão já vai descarregar na carreta e o lixo não terá contato com o chão. Além disso temos problemas com a entrada de pessoas ­estranhas que procuram o transbordo para catar resíduos “, afirmou Katsu Ionamine, ­secretário de Serviços Urbanos.

Segundo Katsu, minimizar os impactos sociais do transbordo é um desafio da Administração Municipal. “Com a crise econômica, ­aumentou o número de pessoas que buscam material no transbordo. Eles são convidados a ­ingressar na Copervida (­cooperativa que trabalha com recicláveis naquele espaço), mas preferem ficar naquelas condições insalubres porque o que conseguem catar no dia é mais alto que lá. A ideia é com o novo transbordo eliminar essa situação e com o aumento da coleta seletiva dar mais ­oportunidade a essas pessoas”, ressaltou.

Ecopontos

A cidade possui 11 ecopontos espalhados pelos bairros. Nesses locais são recebidos qualquer tipo de material. Ainda há o ­serviço de Rapa Treco feito com caminhões que circulam pela cidade. Esses materiais também são encaminhados para a área de transbordo­.

Recicláveis. De janeiro a abril deste ano os ­ecopontos receberam 119.650 kg de lixo reciclável. Neste mesmo período, o serviço se coleta seletiva recolheu 324.760 kg de recicláveis na ­cidade.