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Valor da CNH vai mudar? Veja o novo preço após mudança na lei das autoescolas

Atualmente, um brasileiro precisa trabalhar até oito meses para pagar a CNH sem comprometer 30% da renda mensal

Fábio Rocha

Publicado em 11/10/2025 às 09:40

Atualizado em 11/10/2025 às 11:27

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Com a mudança, o processo de obtenção da CNH poderá ficar até 80% mais barato / Marcello Casal JrAgência Brasil

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Tirar a carteira de motorista no Brasil pode se tornar muito mais barato em breve. Com uma proposta apresentada pelo Ministério dos Transportes, o tradicional e caro caminho pelas autoescolas pode deixar de ser obrigatório para quem deseja obter a CNH nas categorias A (moto) e B (carro).

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A sugestão está em consulta pública e, se for aprovada, representa uma mudança significativa: aulas teóricas e práticas não seriam mais exigidas, cabendo ao candidato escolher como vai se preparar para as provas do Detran.

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Principal consequência

Atualmente, o custo médio para tirar a CNH ultrapassa os R$ 4.400, variando conforme o estado. No Rio Grande do Sul, o valor é o mais alto do país. 

Já em Alagoas, a CNH sai por cerca de R$ 1.350. Com a nova proposta, esses números podem cair drasticamente, a estimativa é que o processo custe entre R$ 800 e R$ 900.

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O governo federal propôs o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para tirar CNH nas categorias A (moto) e B (carro) (imagens ilustrativa) / Freepik/tawatchai07
O governo federal propôs o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para tirar CNH nas categorias A (moto) e B (carro) (imagens ilustrativa) / Freepik/tawatchai07
A proposta está em consulta pública e foi apresentada pelo Ministério dos Transportes / Freepik/senivpetro
A proposta está em consulta pública e foi apresentada pelo Ministério dos Transportes / Freepik/senivpetro
Atualmente, o custo médio da CNH no Brasil ultrapassa R$ 4.400, podendo cair para cerca de R$ 800 a R$ 900 com a nova regra / Freepik/pvproductions
Atualmente, o custo médio da CNH no Brasil ultrapassa R$ 4.400, podendo cair para cerca de R$ 800 a R$ 900 com a nova regra / Freepik/pvproductions
O candidato ainda precisará ser aprovado nas provas teórica e prática, mas poderá escolher como se preparar / Freepik/jcomp
O candidato ainda precisará ser aprovado nas provas teórica e prática, mas poderá escolher como se preparar / Freepik/jcomp
A exigência das 20 horas de aula prática deixará de existir, segundo o ministro Renan Filho / Freepik/standret
A exigência das 20 horas de aula prática deixará de existir, segundo o ministro Renan Filho / Freepik/standret
A redução de custos se deve à eliminação das aulas obrigatórias, processos mais simples e liberdade de escolha do candidato / Freepik
A redução de custos se deve à eliminação das aulas obrigatórias, processos mais simples e liberdade de escolha do candidato / Freepik

Segundo a Secretaria Nacional de Trânsito (Senatran), o motivo da redução está na eliminação de gastos com aulas obrigatórias, processos administrativos simplificados e maior autonomia para o candidato escolher meios de aprendizagem mais econômicos.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, destacou que a exigência das 20 horas de aula prática deixará de existir, caso o novo modelo seja aprovado.

“A maior parte das pessoas usa muito menos do que isso. Então será mais simples para o cidadão de maneira geral”, disse.

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Apesar da promessa de economia para os brasileiros, que hoje precisam trabalhar até oito meses para pagar a habilitação sem comprometer mais de 30% da renda, a proposta enfrenta forte resistência.

Dica do editor: 

A Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto) criticou duramente a medida. Para Ygor Mendonça, presidente da entidade, a decisão foi tomada sem diálogo com o setor.

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“O governo pegou o setor de surpresa”, afirmou, acrescentando que a proposta “faculta a educação no trânsito no Brasil” e coloca em risco mais de 300 mil empregos diretos e indiretos.

Ygor Valença, também da Feneauto, foi ainda mais direto: “É uma proposta populista. O foco deveria ser a fiscalização e aprimoramento do treinamento, não a eliminação da obrigatoriedade das aulas.”

Do lado do governo, o argumento central é de que a mudança democratiza o acesso à CNH, amplia oportunidades de emprego e reduz o número de motoristas irregulares, atualmente, mais de 20 milhões de pessoas dirigem sem habilitação no país.

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Por enquanto, a proposta segue em consulta pública. Caso receba aprovação técnica do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), a nova regra poderá entrar em vigor a partir de 2026.

Principais pontos:

  • O governo federal propôs o fim da obrigatoriedade das aulas em autoescolas para tirar CNH nas categorias A (moto) e B (carro).
  • Com a mudança, o processo de obtenção da CNH poderá ficar até 80% mais barato.
  • A proposta está em consulta pública e foi apresentada pelo Ministério dos Transportes.
  • Atualmente, o custo médio da CNH no Brasil ultrapassa R$ 4.400, podendo cair para cerca de R$ 800 a R$ 900 com a nova regra.
  • O candidato ainda precisará ser aprovado nas provas teórica e prática, mas poderá escolher como se preparar.
  • A exigência das 20 horas de aula prática deixará de existir, segundo o ministro Renan Filho.
  • A redução de custos se deve à eliminação das aulas obrigatórias, processos mais simples e liberdade de escolha do candidato.
  • Hoje, um brasileiro precisa trabalhar até oito meses para pagar a CNH sem comprometer 30% da renda mensal.
  • A proposta enfrenta forte resistência da Federação Nacional das Autoescolas (Feneauto), que critica a falta de diálogo e os impactos no setor.
  • A Feneauto afirma que a medida pode afetar mais de 300 mil empregos e prejudicar a educação no trânsito.
  • O governo defende que a mudança amplia o acesso à habilitação e reduz o número de motoristas irregulares, hoje estimado em 20 milhões.
  • Se aprovada, a nova regra poderá entrar em vigor em 2026, após ajustes nos Detrans e definição de regras para instrutores autônomos.

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