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Transição energética toma conta da COP30 e transforma quinto dia em marco decisivo

Foco do quinto dia inclui industrialização verde, expansão de combustíveis sustentáveis e painéis sociais sobre justiça climática, gênero e juventude

Ana Clara Durazzo

Publicado em 14/11/2025 às 13:00

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Segundo organizadores, essa frente energética tem caracterizado a COP30 como uma conferência mais prática e orientada à execução, diferente das edições anteriores marcadas por disputas políticas e negociações lentas / Divulgação/Ari Versiani/PAC

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A sexta-feira (14) marca um dos dias mais estratégicos da COP30, em Belém (PA), com discussões centradas na transição energética — tema considerado decisivo para acelerar o cumprimento das metas climáticas do Acordo de Paris. A programação inclui o lançamento da Declaração de Belém, iniciativa do Instituto E+ para impulsionar a industrialização verde no Brasil e em países em desenvolvimento.

Outro destaque é a realização de mesas redondas ministeriais que vão debater a implementação do compromisso internacional de ampliar em quatro vezes o uso de combustíveis sustentáveis ao longo da próxima década.

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O pacto, que antes mesmo da COP30 já contava com o apoio de cerca de 20 países, busca reduzir a dependência de combustíveis fósseis e estimular alternativas de baixo carbono para transporte aéreo, naval e rodoviário.

Segundo organizadores, essa frente energética tem caracterizado a COP30 como uma conferência mais prática e orientada à execução, diferente das edições anteriores marcadas por disputas políticas e negociações lentas.

Agenda social ganha força com debates sobre gênero, juventude e racismo ambiental

Além das discussões técnicas, a programação desta sexta também dá destaque às agendas sociais. A ministra das Mulheres, Márcia Lopes, participa de um painel no espaço do Consórcio Nordeste sobre gênero, clima e desigualdades, reforçando a urgência de políticas com recorte feminino e de juventude no enfrentamento ao racismo ambiental.

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Os eventos completam o ciclo iniciado na quinta-feira (13/11), quando a conferência adotou oficialmente o Plano de Ação de Saúde de Belém, construído em parceria com a Organização Mundial da Saúde (OMS). O plano já conta com 80 signatários — sendo 30 países e 50 organizações parceiras — e estabelece diretrizes para proteger sistemas de saúde diante dos impactos das mudanças climáticas.

Financiamento para clima e saúde avança com nova coalizão internacional

Outro marco da conferência foi o anúncio da Coalizão de Financiadores de Clima e Saúde, formada por mais de 35 filantropias globais. O grupo prometeu US$ 300 milhões para acelerar pesquisas, inovações e políticas relacionadas a temas urgentes como:

ondas de calor extremo;

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poluição do ar;

doenças infecciosas agravadas pela crise climática;

impactos nas populações mais vulneráveis.

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O financiamento é visto como chave para fortalecer sistemas de saúde e ampliar a capacidade de resposta a emergências climáticas, especialmente em países em desenvolvimento.

Uma COP da implementação

O presidente da COP30, André Corrêa do Lago, destacou que esta edição inaugura uma nova fase na diplomacia climática internacional.

'Esta COP é a conferência da implementação, pois está finalmente concluindo um ciclo regulatório necessário desde o Acordo de Paris', afirmou.

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Com avanços simultâneos nas áreas de energia, saúde, justiça climática e financiamento internacional, Belém se consolida como o palco de um dos encontros climáticos mais pragmáticos dos últimos anos e que pode redefinir a rota global para a transição energética.

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