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Tilápias das feiras-livres podem estar contaminadas com Salmonella, mostra estudo

Todas as amostras analisadas estavam contaminadas com a bactéria conhecida por causar infecções intestinais graves e outros problemas gastrointestinais

Márcio Ribeiro, de Peruíbe para o Diário

Publicado em 25/08/2025 às 10:46

Atualizado em 25/08/2025 às 10:50

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A presença da Salmonella nas Tilápias representa um alerta sério para a segurança alimentar / João Henrique Alliprandini da Costa

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Uma pesquisa desenvolvida no Programa de Pós-Graduação em Engenharia e Ciências de Alimentos (PPGcal), no campus da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia, em Itapetinga, avaliou a qualidade microbiológica de tilápias vendidas nas feiras livres da cidade. O resultado pode servir de alerta para todo o país.

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Todas as amostras analisadas estavam contaminadas com bactérias patogênicas, como a Salmonella, conhecida por causar infecções intestinais graves e outros problemas gastrointestinais.

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Ícaro Bastos, mestrando do PPGcal e um dos autores do estudo, explicou que, além da Salmonella, também foram detectadas Escherichia coli e Staphylococcus, o que torna o alimento impróprio para consumo e representa risco à saúde pública.

Pesquisa avaliou a qualidade microbiológica de tilápias vendidas nas feiras livres de Itapetinga (BA) / Foto: Agência Brasil
Pesquisa avaliou a qualidade microbiológica de tilápias vendidas nas feiras livres de Itapetinga (BA) / Foto: Agência Brasil
 O resultado pode servir de alerta para todo o país / Foto: Freepik
O resultado pode servir de alerta para todo o país / Foto: Freepik
Todas as amostras analisadas estavam contaminadas com bactérias patogênicas, como a Salmonella / Foto: Agência Brasil
Todas as amostras analisadas estavam contaminadas com bactérias patogênicas, como a Salmonella / Foto: Agência Brasil
A bactéria é conhecida por causar infecções intestinais graves e outros problemas gastrointestinais / Foto: Agência Brasil
A bactéria é conhecida por causar infecções intestinais graves e outros problemas gastrointestinais / Foto: Agência Brasil
Ela pode causar diarreia, febre, cólicas, náuseas e vômitos, que, em casos mais graves, exigem hospitalização / Foto: Agência Brasil
Ela pode causar diarreia, febre, cólicas, náuseas e vômitos, que, em casos mais graves, exigem hospitalização / Foto: Agência Brasil

“Mesmo que o peixe seja cozido por mais de 20 minutos, o calor não elimina esporos resistentes nem certas toxinas produzidas pelas bactérias”, alerta o pesquisador.

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A presença da Salmonella representa um alerta sério para a segurança alimentar, pois ela pode causar diarreia, febre, cólicas, náuseas e vômitos, que, em casos mais graves, exigem hospitalização. Crianças, idosos e pessoas com imunidade comprometida podem ser mais afetados.

Vale lembrar que as tilápias também invadiram os canais de Santos, no litoral de São Paulo, e foram objeto de estudo.

Recomendação de especialistas

De acordo com os especialistas, a recomendação é comprar peixes em locais que sigam boas práticas de higiene e garantam refrigeração adequada.

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A pesquisa também reforça a necessidade de políticas públicas eficazes e de fiscalização sanitária mais rigorosa, desde o transporte até a comercialização do pescado. Programas de conscientização para comerciantes e consumidores também são essenciais para promover práticas seguras de higiene e manuseio.

Estudos como este revelam a fragilidade da segurança alimentar em canais de abastecimento tão importantes quanto as feiras livres.

“A detecção generalizada de Salmonella, Staphylococcus e a não conformidade em Escherichia coli em tilápias não é apenas um dado microbiológico, mas um sinal de alerta severo sobre a falha sistêmica nas boas práticas higiênico-sanitárias. Diante de dados tão claros, não agir seria negligenciar a saúde da população”, pontua o pesquisador.

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O estudo contou com a participação dos estudantes Suzie Candio e Djalou Joseph, doutorandos do PPGcal vindos do Haiti, Gabriely Pasto França, mestranda do programa, e Rainy Fernandes Rocha, graduanda em Engenharia de Alimentos, todos sob a orientação da professora Lígia Miranda Menezes.

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