A agenda concentrou suas negociações em temas ligados à transição climática impulsionada pelas pessoas / Tânia Rêgo/Agência Brasil
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O terceiro dia da 30ª COP 30, realizado nesta quarta-feira (12) em Belém, no Pará, concentrou suas negociações em temas ligados à transição climática impulsionada pelas pessoas, incluindo saúde, trabalho, educação, cultura, justiça e Direitos Humanos. A programação reafirmou que as habilidades, a criatividade e o patrimônio cultural estão no centro da construção de um futuro justo e resiliente.
O dia começou com o lançamento da Iniciativa Global sobre Empregos e Capacitação para a Nova Economia. A iniciativa apresentou seu Relatório Principal, buscando integrar empregos decentes e habilidades às estratégias econômicas e climáticas. O relatório mostrou que a transição climática pode criar cerca de 375 milhões de novos empregos na próxima década.
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Outro marco inédito na agenda foi a estreia do tema Integridade da Informação, que reconheceu o papel da confiança na comunicação climática. Seis novos Estados-membros, incluindo Bélgica, Canadá e Alemanha, aderiram à Iniciativa Global pela Integridade da Informação sobre Mudança do Clima.
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Pela manhã, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apresentou um estudo inédito sobre as áreas protegidas da Amazônia Legal, detalhando o retrato ambiental e estatístico da região, incluindo a população residente em unidades de conservação, terras indígenas e territórios quilombolas.
O ambientalista e ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Al Gore, participou de um evento ao lado de Simon Steel, secretário executivo da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, para debater a transformação de dados climáticos em ações concretas.
A ex-presidente do Chile, Michelle Bachelet, integrou um painel com a ministra de Direitos Humanos do Brasil, Macaé Evaristo, sobre os “Desafios para a proteção ambiental na democracia”. A ministra Macaé Evaristo e a ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, também participaram de um evento de Alto Nível sobre Direitos Humanos.
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No fim da tarde, a ministra Macaé Evaristo apresentou uma versão revisada do Protocolo Nacional para a Proteção Integral a Crianças e Adolescentes em Situação de Riscos e Desastres.
Além disso, as Sessões sobre Adaptação Indígena deram destaque a soluções climáticas locais, e a Cúpula de Investidores Institucionais reuniu grandes investidores globais para alinhar capital com as metas de transição.
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Outros painéis debateram como a arte e a cultura podem transformar mentalidades, com o tema “Narrativas e Contação de Histórias para Enfrentar a Crise Climática”.
Fora da Zona Azul, o ministro Guilherme Boulos visitou a Cozinha Comunitária Sustentável em Ananindeua. No Pavilhão Círculo dos Povos, a COP Indígena foi aberta com um Ritual de Abertura na Universidade Federal do Pará, recebendo até três mil indígenas.
No mesmo local, começou também a Cúpula dos Povos, que reunirá movimentos sociais e organizações populares em encontros paralelos à COP 30 até o dia 16 de novembro.
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O Presidente da COP 30, embaixador André Corrêa do Lago, demonstrou otimismo, afirmando: “Acho que há um forte indicativo de que todos aqui querem mostrar ao mundo que o multilateralismo funciona, e que estamos todos juntos para provar isso.”