Os principais sintomas da doença incluem cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais e sangramentos fora do período menstrual / Freepik
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O Ministério da Saúde anunciou nesta quarta-feira (9) a incorporação de dois novos tratamentos hormonais para a endometriose no Sistema Único de Saúde (SUS): o DIU-LNG (dispositivo intrauterino com levonorgestrel) e o desogestrel.
A medida foi recomendada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS) e, para entrar em vigor, ainda depende da atualização dos protocolos clínicos e diretrizes terapêuticas da doença.
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O DIU-LNG atua suprimindo o crescimento do tecido endometrial fora do útero e tem duração de até cinco anos. Ele será indicado especialmente para pacientes que não podem utilizar contraceptivos orais combinados.
Já o desogestrel, um anticoncepcional hormonal, ajuda a reduzir as dores e a progressão da endometriose, bloqueando a atividade hormonal que favorece o crescimento do endométrio em locais indevidos. Segundo a pasta, o medicamento poderá ser usado como primeira linha de tratamento para casos iniciais.
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A endometriose é uma doença crônica caracterizada pelo crescimento do tecido que reveste o útero (endométrio) fora da cavidade uterina.
Entre os principais sintomas da doença estão as cólicas menstruais intensas, dor durante as relações sexuais e sangramentos fora do período menstrual.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 10% das mulheres em idade reprodutiva em todo o mundo sofrem com a doença.
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No Brasil, estima-se que esse número alcance aproximadamente 7 milhões de mulheres. Somente nos últimos dois anos, mais de 260 mil casos foram registrados na rede pública.
Além dos novos tratamentos, o SUS já oferece uma linha de cuidados que inclui terapia hormonal, analgésicos, anti-inflamatórios, acompanhamento multidisciplinar e procedimentos cirúrgicos como videolaparoscopia, laparotomia e histerectomia, conforme a gravidade de cada caso.