As entidades apontam a existência de uma suposta nova modalidade de emendas parlamentares / Agência Brasil
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O Supremo Tribunal Federal (STF) deu início a uma apuração sobre a possível criação de um novo modelo de orçamento secreto vinculado ao Ministério da Saúde. O ministro Flávio Dino estabeleceu um prazo de dez dias para que órgãos do Legislativo, partidos políticos e entidades envolvidas prestem esclarecimentos sobre o caso.
A investigação é parte da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 854, e surgiu após denúncias feitas pelas organizações Contas Abertas, Transparência Brasil e Transparência Internacional Brasil. Segundo elas, há indícios de práticas que dificultariam o acompanhamento da destinação de verbas públicas.
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As entidades apontam a existência de uma suposta nova modalidade de emendas parlamentares, classificadas como “emendas de comissão paralelas”, além de possíveis distorções em emendas de bancada. Essas práticas estariam movimentando cerca de R$ 8,5 bilhões no Orçamento da União.
Uma das estratégias utilizadas para viabilizar essas liberações, de acordo com os relatos, seria a alteração dos códigos de identificação dos pagamentos.
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Essa mudança dificultaria o rastreamento das verbas, desrespeitando determinações anteriores do STF sobre transparência no uso dos recursos públicos.
Outra denúncia trata da destinação de aproximadamente R$ 3 bilhões do orçamento do Ministério da Saúde.
As indicações feitas por parlamentares estariam ocorrendo sem os devidos critérios de publicidade, o que levanta suspeitas de que possa estar sendo criado um novo esquema de orçamento secreto dentro da pasta.
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O STF agora aguarda as respostas das instituições citadas para avaliar os próximos passos do processo e determinar eventuais medidas a serem adotadas diante das denúncias.