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Sociedades médicas pressionam SUS por tratamento da obesidade

Enquanto obesidade atinge 31% dos adultos brasileiros, tratamentos ainda não estão disponíveis na rede pública

Nathalia Alves

Publicado em 05/09/2025 às 17:18

Atualizado em 05/09/2025 às 19:00

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Sociedades médicas pressionam SUS por tratamento da obesidade / Divulgação/Pixebay

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A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM) lançou uma campanha nacional em prol da inclusão de medicamentos para o tratamento da obesidade no Sistema Único de Saúde (SUS). A ação conta com a colaboração da Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e Síndrome Metabólica (ABESO) e da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD). Segundo as entidades, no Brasil, 3 em cada 10 adultos têm obesidade, e 7 em cada 10 dependem exclusivamente do SUS.

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Em nota, a SBEM afirmou que o objetivo da campanha é conscientizar a sociedade e pressionar as autoridades de saúde a adotarem medidas e políticas públicas que garantam a disponibilização desses medicamentos.

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As sociedades destacam que pacientes com hipertensão, diabetes e asma têm acesso gratuito a medicamentos, enquanto a obesidade ainda é ignorada na rede pública, embora seja reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença crônica multifatorial.

No memorando conjunto, as associações rebatem a justificativa do SUS de não incorporar os medicamentos pelo custo, apontando que a avaliação não considera medicamentos de baixo preço, como a sibutramina, solicitada por essas sociedades em dezembro de 2024.

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“Nos últimos cinco anos, quatro medicamentos para o tratamento da obesidade foram submetidos à análise da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (Conitec) e tiveram sua incorporação negada: orlistate, sibutramina, liraglutida e semaglutida.”

Veja no vídeo do doutor Drauzio Varella a explicação sobre o que é a doença obesidade e como ela afeta as pessoas:

Obesidade em crescimento

O Atlas Mundial da Obesidade 2025, publicado pela Federação Mundial da Obesidade (WOF), aponta que 70% da população adulta brasileira vive com excesso de peso, sendo 31% em condição de obesidade.

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O relatório indica que até 2044 cerca de 48% dos adultos no Brasil poderão ser obesos e revela que mais de 60 mil mortes prematuras no país estão relacionadas ao sobrepeso e à obesidade, devido à associação com doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2 e acidente vascular cerebral (AVC).

Para a SBEM, a obesidade vai além de uma questão de saúde pública, sendo um problema em crescimento. “Apesar da implementação da nova rotulagem de alimentos pela ANVISA, existe uma morosidade inaceitável na proibição da publicidade infantil de alimentos e na disponibilização de alimentos ultraprocessados nas escolas.”

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