A chegada desses medicamentos amplia as opções para pessoas com sobrepeso ou diabetes / Reprodução/Freepik
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As primeiras canetas injetáveis para tratamento de obesidade e diabetes tipo 2 fabricadas no Brasil já estão disponíveis em farmácias das regiões Sul e Sudeste. Com nomes comerciais Olire (para obesidade) e Lirux (para diabetes), os medicamentos são produzidos pela EMS e chegam ao mercado com preços a partir de R$ 307,26.
Ambos têm como princípio ativo a liraglutida, substância já conhecida por sua eficácia na redução de peso e no controle glicêmico. Estudos indicam perda média de 4 a 6 kg com o uso, podendo alcançar até 10% do peso corporal total.
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A produção nacional só foi possível após o fim da patente dos medicamentos de referência Saxenda e Victoza, anteriormente exclusivos da farmacêutica dinamarquesa Novo Nordisk. O medicamento já está disponível nas farmácia, com preços mais baixos e atrativos.
Olire e Lirux pertencem à classe dos análogos do GLP-1, substâncias que imitam um hormônio natural do corpo que atua na regulação da glicose e do apetite. O Olire é voltado para o tratamento da obesidade, com dose diária de 3 mg, enquanto o Lirux é indicado para diabetes tipo 2, com dose de 1,8 mg por dia.
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A chegada desses medicamentos amplia as opções para pessoas com sobrepeso ou diabetes, mas especialistas alertam que o tratamento deve ser contínuo e feito com orientação médica.
Essas canetas injetáveis são administradas diariamente por via subcutânea, geralmente no abdômen, coxa ou braço, com uso de agulhas finas e discretas.
Apesar da semelhança com outras opções no mercado, como Ozempic, Wegovy e Mounjaro, que têm aplicações semanais, a liraglutida apresenta diferenças em potência e duração de efeito.
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Enquanto a semaglutida (presente no Ozempic e Wegovy) pode levar a uma perda de até 17% do peso corporal e reduzir de forma mais intensa os impulsos alimentares, a liraglutida oferece resultados mais modestos e requer uso diário.
Os preços sugeridos variam de R$ 307,26 para embalagens com uma caneta a R$ 760,61 para caixas com três.
Embora a EMS tenha prometido preços mais acessíveis do que os concorrentes, os medicamentos de referência têm sido encontrados com descontos que reduzem essa diferença.
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Inicialmente, os produtos estão disponíveis nas redes Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco nas regiões Sul e Sudeste, com previsão de expansão para todo o país.
Desde junho de 2025, a compra dessas canetas exige receita médica em duas vias, com a original retida pela farmácia. A venda é controlada e pode ser feita de forma fracionada, para até 30 dias de tratamento por vez.
O objetivo da nova regulamentação é evitar o uso indiscriminado, que pode causar efeitos colaterais graves.
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O medicamento é indicado apenas para quem tem obesidade, diabetes tipo 2 ou sobrepeso com doenças associadas, e não deve ser usado apenas por razões estéticas.
É possível trocar entre diferentes análogos do GLP-1, como substituir Saxenda ou Victoza por Olire ou Lirux, desde que isso seja feito com acompanhamento médico. A troca pode ser útil para melhorar os resultados ou reduzir efeitos adversos, mas requer ajuste gradual da dosagem para garantir segurança.
A EMS também prevê, para 2026, o lançamento de versões nacionais da semaglutida, expandindo ainda mais as opções de tratamento com fabricação brasileira.
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